Primeiro Ba-Vi termina empatado e Bahia segue com a vantagem

06/05/2012 17:31 - Futebol
Por Redação
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Um jogo muito bom, mas também muito nervoso. Assim podem ser resumidos os primeiros 90 minutos da decisão do Campeonato Baiano 2012, disputados neste domingo, 6, no Estádio do Barradão. Numa partida dramática, Vitória e Bahia não saíram de um emocionante 0 a 0. Com isso, a vantagem para conquistar o título continua nas mãos do Esquadrão de Aço.
Destaque para alternância de bons e maus momentos: o Vitória começou melhor, partindo para cima do arquirrival. No final do primeiro tempo e no começo da etapa complementar, no entanto, a situação do jogo já era outra, com o Bahia melhor e por muito pouco não chegando ao gol. Os minutos finais foram de pura emoção, com o rubro-negro pressionando, embalado pela torcida.
De negativo, apenas uma inesperada expulsão do técnico Paulo Roberto Falcão, por reclamar com o árbitro Marcelo de Lima Henrique, e a confusão generalizada entre os jogadores no final do segundo tempo, motivada por uma discussão entre Fahel, do Bahia, e Leo.
Acalmados os ânimos, a situação da final do Campeonato Baiano é a seguinte: o empate sem gols no jogo de ida dificulta ainda mais a situação do Vitória, que terá que buscar um triunfo, por qualquer placar, na casa do arquirrival. O confronto decisivo acontece no próximo domingo, 13, às 16h, no Estádio de Pituaçu. O Esquadrão de Aço, por sua vez, só precisa do empate, por qualquer placar, para garantir o caneco.
Antes do embate decisivo, Bahia e Vitória concentram todas as suas forças na Copa do Brasil. Na quarta-feira, 9, às 19h30, o Leão encara o Botafogo em pleno Estádio do Engenhão. O rubro-negro precisa de um triunfo ou de um empate por mais de dois gols para avançar às quartas-de-final. Já o Bahia recebe na quinta-feira, 10, às 19h30, a Portuguesa, no Estádio de Pituaçu. Para avançar à próxima fase, o tricolor só precisa de um triunfo por qualquer placar.
Início nervoso – Os times entraram em campo com posturas muito distintas e muito claras: buscando o triunfo em casa, o Vitória mantinha a posse de bola e pressionava; o Bahia, por sua vez, se organizava na defesa e apostava no contra-ataque. Foi assim que surgiu o primeiro lance de perigo: aos 8 minutos, Gabriel apareceu nas costas da defesa rubro-negra e mandou na área; Souza não conseguiu o desvio.

A defesa do Bahia estava nervosa, e o Vitória chegou ao ataque aproveitando seus erros. Aos 14, uma chance clara: Leo apareceu no lado direito do ataque rubro-negro e mandou para a área; Rafael Donato e Marcelo Lomba se enrolaram para cortar a bola e o zagueiro tricolor quase fez o gol-contra. Aos 21, o Leão chegou em peso ao ataque e a defesa do Esquadrão deu rebote; Leo aproveitou e arriscou de longe, mas Lomba ficou com ela.

Aos poucos, o nervosismo em campo foi mudando de lado e a defesa do Vitória é que começou a bobear. Começou aos 27 minutos, quando Gabriel cobrou uma falta na área e Fahel ajeitou para Diones, vindo de trás, chutar uma bomba, que foi para a linha de fundo. Dez minutos depois, Gabriel partiu novamente no contra-golpe e tentou driblar Victor Ramos, chocando-se com o zagueiro rubro-negro. O garoto do Esquadrão pediu pênalti, mas o árbitro não apitou.

O cenário no Barradão nos minutos finais foi o seguinte: o Bahia dominando, enquanto o Vitória, pelo contrário, cada vez mais descontrolado. Aos 41, Gabriel cruzou na área e Victor Ramos cortou. Na sequência do lance, Rodrigo ajeitou para que Douglas ficasse com a bola; os dois se desentenderam e o goleiro foi obrigado a dar um carrinho em Gabriel para tirar a bola dos seus pés. Aos 44 minutos, o Esquadrão chegou de novo: Zé Roberto achou Souza na área, que arriscou o chute; Douglas fez uma linda defesa para salvar o patrimônio.

Emoção até o fim – O domínio do Esquadrão se refletiu também no início da etapa complementar, assim como o descontrole da defesa rubro-negra. Ainda assim, quem começou assustando foi o Vitória: aos 2, Tartá dominou na intermediária, puxou para a perna esquerda e chutou colocado; a bola passou raspando a trave direita de Lomba.

A partir dos 17, o jogo passou a ser inteiramente do Bahia. Tudo começou quando Vander, que tinha acabado de entrar, dominou e arriscou uma bomba da intermediária; a bola passou raspando a trave de Douglas. Aos 19, Madson passou como quis pela defesa do Leão e deixou Souza na cara do gol; o chute do artilheiro passou raspando a trave do goleiro rubro-negro novamente.

Cansado de ver o rival atacando, o Vitória resolveu partir para cima de qualquer maneira. Deu certo. Aos 25, Dinei desviou escanteio e a bola passou raspando a trave direita de Lomba. No minuto seguinte, um lance de muito perigo: Pedro Ken cruzou da direita e Tartá desviou à queima-roupa, mas Lomba fez uma defesa sensacional para salvar o Bahia. Aos 27, o Leão apareceu novamente no ataque, dessa vez com Uelliton, que cabeceou à direita da meta tricolor.

Por incrível que pareça, o nervosismo tomou conta até de um dos mais tranquilos e educados técnicos do futebol brasileiro: Paulo Roberto Falcão foi expulso do campo aos 33 minutos, após discutir com o árbitro Marcelo de Lima Henrique. Poucos minutos depois, Fahel e Leo trocaram tapas na disputa de uma bola e originaram uma confusão generalizada em campo, com rubro-negros e tricolores discutindo.

Com os ânimos controlados, o Vitória continuou melhor: Tartá perdeu uma chance clara de definir a partida aos 45 minutos. O atacante rubro-negro avançou em velocidade pelo lado esquerdo da defesa adversária e arriscou um chute; Marcelo Lomba, em grande tarde, fez uma defesa espetacular, segundo o 0 a 0 que mantém a vantagem nas mãos da sua equipe.

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