Meio ambiente: maioria das micro descarta ganho financeiro

06/05/2012 19:26 - Brasil/Mundo
Por Redação

Apenas 46% dos proprietários de micro e pequenas empresas acreditam que a questão do meio ambiente pode gerar ganhos financeiros a seus negócios, de acordo com pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

De acordo com o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, grande parte das empresas desse segmento pratica ações de sustentabilidade ambiental, como a coleta seletiva de lixo e o controle do consumo de papel, de água e de energia.

Do total de 3.912 empresários entrevistados pelo Sebrae, 80,6% disseram controlar o consumo de água, 81,7%, o consumo de energia, 70,2% fazem a coleta seletiva de lixo e 72,4% controlam o consumo de papel.

O levantamento apurou que 51,7% informaram não ter o hábito de usar materiais recicláveis no processo produtivo, 83,4% não fazem captação da água da chuva ou reutilização de água e 50,9% não reciclam lixo eletrônico ou pneus.

A grande maioria das empresas consultadas (mais de 80%) entende que a sustentabilidade engloba os eixos ambiental, econômico e social. Barretto informa que 79% dos empresários entrevistados estão conscientes de que empresas que têm ações sustentáveis podem atrair mais clientes e 69% acreditam que essas ações passam uma boa imagem da empresa para os consumidores.

"Significa aumento de mercado e de valor agregado ao produto, ganho de eficiência e oportunidade de fidelização dos clientes", diz o presidente. Considerada referência nacional em sustentabilidade no segmento, segundo o diretor-técnico do Sebrae nacional, Carlos Alberto dos Santos, a lavanderia Prillav, de Rondonópolis, no Mato Grosso, investiu R$ 152 mil em modernização tecnológica, teve aumento de 8,8% na receita mensal e redução de custos de 2,8%. O consumo de água foi reduzido em 32%, enquanto o consumo de combustíveis caiu 36% e os gastos com manutenção de equipamentos diminuíram 42%.

A cachaçaria Extrema, no Rio Grande do Norte, que fabrica aguardente tradicional, investiu R$ 231 mil para a adoção de práticas sustentáveis. A receita média mensal da empresa aumentou 38,2% e a lucratividade avançou 44%. O consumo de água caiu 46% e o de energia, 76%. A folha de pagamento aumentou 50%, enquanto o consumo de combustíveis declinou 100%.

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