A direção da Virada Cultural paulistana reconheceu na tarde deste domingo (6) que a ideia de se levar renomados chefes de cozinha para o evento não deve ser repetida em 2013. De acordo com o secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, caso ocorra, serão necessárias mudanças.

"Não dá para repetir esse experiência como foi. O que era para ser apenas algo complementar acabou virando uma atação à parte, principalmente depois da premiação do Alex Atala, na semana passada", disse. Durante o evento, foram distribuídas 500 senhas para o público provar a galinhada feita por Atala, mas o número de interessados foi muito maior e houve tumulto na entrega das refeições.
De acordo com José Mauro Gnaspini, diretor da Virada Cultural, os problemas foram, inclusive, físicos. "Juntou muita gente em cima do Minhocão. Não conseguimos montar as barracas, ajustar as filas", afirmou.
Ele disse que para o ano que vem haverá uma discussão sobre se vale a pena esse tipo de serviço. "Alta gastronomia para é uma coisa para poucas pessoas. A ideia de se levar isso para o Minhocão, longe dos principais palcos não surtiu o efeito desejado, já que com toda a divulgação, acabou virando uma atração, uma oportunidade rara".
Segurança
Nevoral Alves Bucheroni, subprefeito da Sé, disse que ainda que os números não sejam definitivos, o entendimento é de que a Virada Cultural deste ano apresentou ocorrências dentro do que se considera "razoável".
"Entendemos que está sendo tranquila, com alguns fatos pontuais. O óbito da menina é que lastimamos muito. Mas não houve nadaque macule ou crie qualquer problema para a Virada", disse.
Na madrugada deste domingo uma adolescente foi encontrada com overdose de cocaína. Ela foi levada para o Pronto-Socorro da Santa Casa de Misericórdia, onde morreu. Também na madrugada, um policial federal teria atingido um rapaz com um tiro e acabou ferido por policiais militares, após troca de disparos.