Apesar das medalhas de ouro e do melhor tempo do ano nos 50 m livre, o campeão olímpico e mundial César Cielo projetava resultados melhores no Troféu Maria Lenk. A avaliação foi feita pelo treinador do nadador, Alberto Silva.
A grande frustração ficou especialmente por conta do tempo que Cielo cravou nos 100 m livre. Com 48s28, o nadador do Flamengo levou o ouro, mas admitiu ter feito um tempo ruim, abaixo daquilo que era esperado.
Para Alberto, o programa de provas do Maria Lenk, que perdeu um dia, foi preponderante para o desempenho nem tão satisfatório do principal nadador brasileiro.
"O programa de provas ficou mais curto, ficou um pouco pesado para os velocistas. Além das provas individuais, eles estão sempre no revezamento. Com todos disputando ponto, não está tendo aquela coisa de dispensar atleta, fica difícil deixar alguém de fora", explicou.
O treinador lembrou que Cielo vinha de três dias seguidos de competições em dois períodos do dia quando chegou para a prova dos 100 m livre, na última sexta-feira. Chamou atenção ainda para o fato de que todos os velocistas registraram tempos mais altos nos 100 m, seja no masculino ou no feminino.
"Realmente foi uma prova de que a gente não gostou. Foi o sexto tempo do mundo? Legal. Mas a gente sabe que não é isso que ele pode render chegando lá na Olimpíada. É uma coisa que será tratada com tranquilidade", observou.
O tempo de 21s38 nos 50 m livre foi o melhor do ano em todo o mundo, mas ainda assim não satisfez completamente o estafe de Cielo. A expectativa era de uma marca um pouco mais rápida.
"Foi excelente. Ficamos felizes, mas tínhamos projetado um tempo um pouco melhor, sem ser presunçoso", comentou o treinador.
A ordem agora é virar a página do Maria Lenk e seguir o programa de treinamentos para que Cielo chegue a Londres na melhor condição possível. Lá, ele defenderá o título dos 50 m livre e disputará também os 100 m livre, além do revezamento 4x100 m. "Viemos com um objetivo que foi parcialmente atendido", salientou Alberto.