O Santander Brasil anunciou nesta quinta-feira (26) que registrou lucro líquido de R$ 1,766 bilhão no primeiro trimestre deste ano, queda de 3,3% sobre o mesmo período do ano passado em meio a um salto nas provisões para perdas com crédito, segundo termos contábeis brasileiros. Esses números são referentes ao padrão brasileirao. De acordo com o IRFS, o lucro ficou em R$ 1,723 bilhão.

Sem incluir reversão de despesa com amortização de ágio decorrente da aquisição do Banco Real, o lucro líquido da instituição somou R$ 856 milhões no período, queda anual de 15,4%, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira.

A carteira de crédito da instituição subiu 17,3% no período, para R$ 199,3 bilhões, mas a provisão para dívidas de difícil recuperação (PDD) disparou 44,3% sobre o primeiro trimestre de 2011, para R$ 3,09 bilhões.

Enquanto isso, o índice de inadimplência de financiamentos vencidos há mais de 90 dias avançou de 4% no primeiro trimestre de 2011 para 4,5 % nos três meses encerrados em março.

Segundo o Santander Brasil, "neste trimestre houve venda de carteira ativa, com 100% de provisionamento, impactando o saldo do over 90. Excluindo este efeito, o índice seria 0,3 ponto percentual maior, atingindo 4,8% no período".

O resultado vem na esteira dos balanços de Bradesco e Itaú Unibanco que também divulgaram nesta semana aumento de provisões e de índices de inadimplência no primeiro trimestre, em meio à desaceleração da economia no período.

A filial brasileira do banco espanhol, que nesta quinta-feira divulgou resultado prejudicado por maiores provisões no Brasil e na Espanha , registrou queda no índice de retorno sobre patrimônio líquido médio. O indicador, que mede a rentabilidade de um banco, recuou de 16,2% para 14,2% no primeiro trimestre.

O Santander Brasil encerrou o trimestre passado com ativos totais de R$ 415,6 bilhões, crescimento de 3,5% sobre o apurado um ano antes, mas queda de 1,9% na comparação com os três últimos meses de 2011.