PE: teste de sanidade atrasa julgamento de 5 por morte de alemã

24/04/2012 03:47 - Brasil/Mundo
Por Redação

Um teste de sanidade que não é feito Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico do Recife (PE) atrasa o julgamento de cinco pessoas presas acusadas da morte da turista alemã Jennifer Kloker, em fevereiro de 2010. Um novo exame solicitado pela defesa da suposta mandante do crime deve ser feito por uma profissional que cobra R$ 1,5 mil pelo serviço. Para acelerar o caso, o juiz Djaci Salustiano de Lima, de São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife, pediu ao Tribunal de Justiça do Estado que se responsabilize pelos custos do novo teste.

No Carnaval de 2010, Jennifer foi morta em uma estrada de Pernambuco, supostamente devido a um seguro de vida que tinha feito em benefício do marido, Pablo Tonelli. Além dele, são réus confessos Ferdinando Tonelli, pai de Pablo, e Alexsandro Neves dos Santos, segurança que teria sido contratado para executar a alemã. A sogra da turista e mulher de Ferdinando, Delma Freire de Medeiros, é apontada como a mentora do crime. Outro réu é Dinarte Dantas de Medeiros, irmão de Delma, que teria apresentado Alexsandro ao grupo.

Inicialmente, o julgamento estava marcado para 24 de maio de 2011. Mas, naquele dia, a defesa de Delma pediu um exame de sanidade para ela - alegando ser a ré inimputável - e a sessão foi adiada. O teste realizado pelo Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico apontou que a sogra da alemã não sofria de problemas mentais. Com o resultado, o advogado pediu um exame conhecido como Borrões de Rorschach, também para diagnosticar a saúde mental de sua cliente. O pedido foi feito ao hospital, que informou não realizar o teste e indicou uma profissional credenciada.

Em despacho para o Tribunal de Justiça de Pernambuco, o juiz pede que o Estado arque com esses custos em benefício do amplo direito de defesa. "O caso se revela de interesse público, por se tratar de questionamento acerca da imputabilidade penal de uma pessoa acusada de ter arquitetado homicídio", escreveu o juiz em documento formal, com pedido de urgência. O TJ ainda não se pronunciou sobre o pedido.
 

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