O vereador Pastor João Luiz (DEM) defendeu, nesta manhã, um projeto amplo de inclusão social em Maceió, como medida urgente para o combate à pobreza e enfrentamento à causa da violência na capital alagoana. Segundo o Pastor, não se pode pensar em reduzir a criminalidade, sem se implantar políticas públicas na área social. “Aqui em Maceió o índice de famílias que vivem nos bolsões de miséria é alarmante”, afirmou o vereador.

Segundo ele, a fome e a falta de cidadania entre essas famílias levam pais e filhos à prática de crimes, desde o tráfico de drogas aos assaltos e homicídios. “Na Câmara, é preciso que haja mais prioridade na cobrança e fiscalização de ações municipais de inclusão social”, reforçou. “Não se pode tão somente aumentar número de vagas nas escolas, mas, sobretudo, criar condições para que as famílias possam ter seus filhos na escola, tendo educação, saúde e esperança no futuro”, acrescentou.

“Li estarrecido uma matéria jornalística da Agência France Press, que diz ser Maceió a capital do homicídio do Brasil. Não podemos, como agentes públicos, cruzarmos os braços diante de uma realidade como essa”, afirmou o Pastor, cobrando mais ação do Poder Público e da sociedade nesse combate. “Os políticos com força no cenário nacional para reverter essa situação não têm chegado junto e a maior vítima desse processo de política pequena continua sendo o pobre, o excluído”, lamentou o Pastor.

O Pastor João Luiz acha que uma força-tarefa constituída de homens e mulheres com ideias, com poder político, com “garra e disposição”, pode fazer uma diferença nessa luta morosa para se enfrentar a miséria na capital. “Há vários anos que as pesquisas e estudos indicam que em Alagoas mais da metade da população vive abaixo da linha da pobreza. Essa realidade não muda e ninguém se questiona do porque”, queixa-se. “Não vejo como reverter isso sem o envolvimento direto da sociedade”, insiste.

Para o Pastor João Luiz, o projeto de inclusão social deve ser elaborado a partir de um debate com setores públicos e representativos da sociedade civil organizada. “Nesse debate, a Câmara Municipal de Maceió tem papel preponderante por estarmos nós, os vereadores, mais próximos dos problemas da população mais pobre da capital”, salientou o vereador, sugerindo que seja o próprio Poder Legislativo a convocar os parceiros para essa discussão.