O procurador- geral do Ministério Público de Contas, Ricardo Schneider, garantiu, em entrevista ao CadaMinuto, que o ofício encaminhado pelo governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), ao gabinete da desembargadora do Tribunal de Justiça, Elizabeth Carvalho, em nada deve alterar a decisão que apontará de quem é vaga de conselheiro no Tribunal de Contas de Alagoas (TCE/AL).

Segundo Schneider, o MP de Contas foi pego de surpresa com o ofício mas, apesar disso acredita que a deverá prevalecer pela legalidade. “O tempo de argumentação do Executivo já passou. Na verdade, o documento informa, apenas, que o conselheiro Otávio Lessa foi indicado pelo governador da época e, portanto, a cadeira agora seria da ALE. O que não é verdade”, colocou.

O procurador relatou também que Elizabeth já se mostrou bastante disposta a apreciar o mérito da questão até o final do mês de abril. “Nossos argumentos são bem consistentes. Não há dúvida de que a vaga pertence ao MP de Contas. Esse ofício deve ter apenas cunho político. Uma forma de dar apoio público a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE)”, ponderou.

Desde a aposentadoria do conselheiro Isnaldo Bulhões, no início de 2012, o MP de Contas e a ALE travam uma batalha na Justiça sobre quem ocupará a vaga.