Polícia Federal da PB indicia mais de 350 por crime eleitoral desde 2010

08/04/2012 03:58 - Brasil/Mundo
Por Redação

De janeiro de 2010 até março de 2012, 359 pessoas já foram indiciadas pelo cometimento de algum tipo de infração eleitoral em João Pessoa, Campina Grande e Patos. Em toda a Paraíba, nesse mesmo período, foram instaurados 154 inquéritos, para apurar práticas que vão de encontro à Legislação Eleitoral em vigor, sendo que a maior parte deles já foi concluída. Os dados são de um levantamento feito junto à Superintendência da Polícia Federal na capital e nas delegacias de Campina Grande e Patos.

Os crimes são muitos e praticados de forma isolada ou organizada. Entre eles estão corrupção ativa, compra de votos, falsificação de documentos, utilização indevida de cargos públicos e a tradicional 'boca de urna' nos dias que antecedem e na data do processo eleitoral.

Faltando seis meses para a realização das eleições municipais deste ano, que ocorrerão no dia 7 de outubro, as investigações da Polícia Federal contra os crimes eleitorais, ocorridos no pleito de 2010, continuam abertas e os culpados pelas violações eleitorais estão sem a punição da Justiça.

De acordo com o delegado da Polícia Federal Gustavo Vieira Barros, em alguns casos o desafio das investigações é chegar às pessoas que comandam o 'esquema'. “O que ocorre é que muitas vezes nós temos provas contra uma ou outra pessoa, mas ela é apenas um dos elementos do sistema. E aí não adianta muito indiciarmos essas pessoas se não temos provas que ligam a atuação delas a outros acusados, responsáveis por comandar a prática criminosa. Essa sem dúvida alguma é uma grande dificuldade”, ressaltou.os provas que ligam a atuação delas a outros acusados, responsáveis por comandar a prática criminosa".

ntre os casos registrados durante o pleito eleitoral de 2010, um deles chamou a atenção pelo nível de envolvimento e de ousadia. Um suspeito de tráfico de drogas foi preso em Campina Grande durante uma investigação dos agentes federais e com ele foram apreendidos vários títulos de eleitores, documentos e materiais de campanha que apontariam para a atuação dele em um esquema de compra de votos, nos bairros do Araxá e Jeremias, periferia da cidade.

A prisão aconteceu em outubro de 2010, mas até hoje, o suspeito, é considerado um dos líderes da comercialização e distribuição de drogas na cidade, ainda não foi indiciado pela prática do delito, conforme a Polícia Federal. Ele foi interrogado há alguns meses e, de acordo com a PF, haveria indícios que ligariam a atuação dele a pelo menos seis pessoas públicas, na época candidatas nas últimas eleições estaduais.

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