Arcebispo de Maceió fala sobre a importância da Páscoa para os católicos

08/04/2012 03:58 - Maceió
Por Redação
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Neste domingo de Páscoa, a reportagem do CadaMinuto ouviu o arcebispo de Maceió Dom Antônio Muniz sobre o verdadeiro sentido desta data. A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.

Dom Antônio Muniz falou sobre a importância da Semana Santa para os católicos. De acordo com o religioso, a preparação para o período começou no domingo de ramos e se encerra neste domingo com a celebração da ressurreição de Cristo.

“A Semana Santa representa a paixão, morte e ressurreição de Cristo. A preparação para comemoração começa em uma quarta-feira de cinzas e só termina quarenta dias depois, que é conhecido como quaresma, em um domingo, que é chamado domingo de Páscoa”, afirmou o arcebispo.

Páscoa significa passagem e, com sua entrega na cruz, Jesus Cristo perdoou os pecados dos cristãos. “Por isso a Semana Santa é o tempo de perdão. E para servi-lo, precisamos abraçar essa mensagem. É tempo de desamarrar as mágoas ou qualquer sentido contrário a essa ideia”, colocou Dom Antônio.

Evangélicos

A Páscoa não tem nada a ver com ovos de chocolate nem coelhos. Sua origem remota aos tempos do Velho Testamento, por ocasião do êxodo do povo de Israel da terra do Egito. A Bíblia relata o acontecimento no capítulo 12 do livro do Êxodo.

Para os evangélicos, a Semana Santa não existe, eles celebram a Páscoa, que significa feliz passagem. A Páscoa judaica é marcada pelo sangue do cordeiro, ou seja, matava-se um cordeiro e o seu sangue era colocado nas portas das casas para que o anjo passasse e pudesse purificar todo o pecado.


De acordo com o historiador Dimitris Alves a tradição do dos ovos e coelhos já faz parte do calendário. “É muito difícil tirar essa cultura de chocolate, como explicar para uma criança que a Páscoa não tem nada a ver com ovos e coelho. Quando o meu filho ficar mais velho, explico para ele, agora tenho que me render à tradição”, disse o historiador.

Ovos
A origem dos ovos e coelhos é antiga e cheia de lendas. Segundo alguns autores, os anglo-saxões teriam sido os primeiros a usar o coelho como símbolo da Páscoa. Outras fontes, porém, o relacionam ao culto da fertilidade celebrado pelos babilônicos e depois transportados para o Egito. À figura do coelho, juntou-se o ovo que é símbolo da vida e da fertilidade.

Proibição de comer carne

Os católicos afirmam que a Páscoa Judaica passou a ser uma festa cristã quando Jesus a usou para instituir a Santa Ceia. Na Páscoa, os "fiéis" são proibidos de comer carne vermelha na "sexta-feira santa", segundo eles, por dois motivos: meditar na carne de Cristo e o que ela sofreu na cruz; e não comprar carne, permitindo assim que os cristãos menos favorecidos possam comprá-la.

“O jejum de carne durante a quaresma e mais especificamente o da sexta-feira da paixão, é feito como forma de penitência e em memória dos quarenta dias e noites que Nosso Senhor passou jejuando no deserto. Assim aderimos a uma dieta alimentar. Nos alimentamos de peixes e verduras”, finalizou Dom Antônio.

Como os evangélicos não celebram a semana santa, essa regra de não comer carne não é seguida. "Vai de cada pessoa comer ou não. Na minha casa momemos, já que é feriado, fazemos um almoço diferenciado. Mas em função da semana santa", disse Dimitris.

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