Thiaguinho explica o real motivo da separação do Exaltasamba

02/04/2012 12:24 - Blog da Resenha
Por Redação
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Em fevereiro deste ano, o grupo Exaltasamba fez o último show dos 26 anos de carreira. Foram oito meses de turnê de despedida e uma dúvida: Qual o motivo para o atual maior grupo de samba acabar no auge?

Em conversa com o R7, o cantor Thiaguinho, que nesta semana grava seu primeiro DVD em SP, colocou os pingos nos is. E não teve medo de assumir que partiu dele a vontade de deixar o grupo.

A decisão que surpreendeu fãs e todo o público gerou boatos. Seria por conta de uma dupla de Thiaguinho com Rodriguinho, a namorada do cantor queria que ele cantasse solo? Teve quebra-pau entre os integrantes?

Durante os meses da derrocada do grupo, a todo momento, Brilhantina, Péricles, Pinha, Thell e Thiaguinho tentavam deixar nítido o clima de amizade que sempre existiu entre eles e que o fim era do grupo e não da amizade deles.

— O apego que os fãs têm com a banda não chega à metade do que nós temos. A gente vai sentir muito mais essa ausência um do outro.

Confira abaixo o que Thiaguinho diz sobre o fim do Exaltasamba.
R7: Surgiram muitos boatos para o fim do grupo: briga, possível dupla com Rodriguinho, namoro e etc. Qual foi o motivo para o Exalta acabar?

Thiaguinho: É até bom esclarecer, pois muita coisa foi dita sem sentido. Muitas pessoas questionaram "Por que resolveram acabar?", "Quem quis sair?" ou "Teve briga?". No começo do ano passado, a gente se reunia para resolver o nosso ano, e uma das conversas eu deixei claro que seria meu último ano no Exalta, pois eu queria outros desafios. Achei que nada mais justo do que avisar e não deixar para resolver isso no fim do ano e pegar todos de surpresa. Até porque não condiz com meu caráter agir assim. Eu manifestei a minha vontade.

Mas, não foi só por causa da minha saída que o grupo acabou. Eu não tenho essa influência toda.

R7: Mas, então, por que o grupo não continuou sem você?

TH: Porque o Péricles também manifestou a vontade de não continuar e de também seguir um outro projeto. E, sem os dois vocalistas, não teria como continuar. Quem está de fora, talvez não vá entender. Eu senti que era o momento. A gente não pode se limitar. Não pode deixar de sonhar. A vida é curta. Não queria, lá na frente, dizer para meu filho que não tive coragem de seguir meu sonho.

R7: Como ficou a relação com o resto do grupo (Thell, Brilhantina e Pinha)? Ele ficaram chateados com a saída de vocês e o fim do grupo?

TH: A relação é normal. A música tem mais fantasia do que os outros trabalhos. Não deixa de ser emprego, mas é mágico. Temos respeito um pelo outro. Só não vamos mais trabalhar juntos. O apego que os fãs têm com a banda não chega à metade do que nós temos. A gente vai sentir muito mais essa ausência um do outro. Mas a vida é feita de fases. A gente não pode se prender. Encontrei o Brilhantina no estúdio, dia desses, e ele estava produzindo um grupo. No meu primeiro show solo [no último dia 23], recebi mensagens de apoio de todos eles.

R7: Em algum momento você sentiu arrependimento, seja durante a turnê de despedida ou na estreia solo?

TH: Não, não. Entro de cabeça em tudo o que faço. Ainda mais quando o assunto é música. Não tomo decisão sem consciência. Sou sensato e, a partir do momento que eu falei que sairia do grupo, eu tinha a certeza do que estava falando.

R7

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