O segmento industrial de Alagoas receberá importante contribuição para a consolidação de setores econômicos com a implantação de equipamentos de desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação. O governo articula a implantação, neste mês de maio, da Fundação do Parque Tecnológico e de seus Polos Tecnológicos, que atuarão como elo entre o setor produtivo e as universidades.
Somente para a construção, compra de equipamentos e funcionamento dos Polos Tecnológicos Agroalimentares de Arapiraca e de Batalha, serão investidos aproximadamente R$ 12 milhões. O Polo implantado na região do município de Arapiraca irá atender aos produtores de mandioca, hortaliças e frutas. Já o de Batalha atenderá às necessidades da chamada Bacia Leiteira, os pequenos laticínios.
Durante reunião na semana passada na Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), o secretário da ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Setton, expôs um resumo das ações e projetos desenvolvidos na área de inovação, especialmente os vinculados às indústrias e as universidades.
O secretário explicou a concretização e o cronograma dos projetos. Ele destacou o Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca, que inicia as obras de construção civil em maio e realizará serviços tecnológicos no segmento de mandioca, hortaliças e frutas na região Agreste, com investimento de R$ 6 milhões, sendo parte do Governo do Estado e outra da Finep. Esse projeto recebe o apoio direto, desde o início, da Fiea, Sebrae, Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Universidade Federal de Alagoas e outras instituições.
“Para nós é uma satisfação ver que o Estado de Alagoas está perto de alcançar os resultados pretendidos. O governador Teotonio Vilela entende a necessidade de investir em ciência e tecnologia porque é um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento social e econômico de Alagoas”, afirma Eduardo Setton.
Outro projeto encaminhado e com recursos já garantidos é o Polo Tecnológico da Informação, Comunicação e Serviços (Tics). No início do mês, o Governo de Alagoas garantiu junto ao Banco Mundial investimento no valor aproximado de R$ 14 milhões para a implantação de projetos estratégicos de sustentabilidade do Polo de Tics, que reunirá micro e pequenas empresas do segmento, além dos participantes do Arranjo Produtivo Local de TI.
Serão implantados, a partir do segundo semestre do próximo ano, a Rede Alagoana de Inclusão Digital e Inclusão Social; o segundo projeto Desenvolvimento Acelerado de Capital Humano em Tecnologia da Informação e Comunicação; e a Modernização da Gestão e dos Serviços Públicos através da Tecnologia da Informação e Comunicação.
Ainda este ano, o Governo criará a Fundação do Parque Tecnológico Social de Alagoas (PqTS), substituindo o Instituto Científico e Tecnológico de Alagoas (Ictal), para fazer a gestão do Parque e de seus Polos Tecnológicos. O projeto de lei já está sendo revisado e será encaminhado ao Gabinete Civil.
O governo, por meio da Secti e a Fundação de Apoio à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), e a Federação das Indústrias construirão, de forma participativa com a comunidade, o Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas CT&I, a partir de junho deste ano. Além da Fiea, oPlano recebe apoio direto do Sistema Regional de Inovação (SRI) e a Agência Espanhola (AECID). “É um planejamento que determinará o futuro, com recursos do sistema de CT&I de Alagoas”, defendeu Setton.
Recebendo mais uma vez apoio da Fiea, Sebrae, Petrobras, Braskem e das indústrias vinculadas à Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP), o governo constrói o projeto do Polo Tecnológico da Química, Plástico e Materiais, considerado agora como o foco de atenção, segundo o secretário Eduardo Setton, já que os outros estão encaminhados. O terreno será doado pela Fiea no Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante, no Tabuleiro, próximo ao Núcleo Tecnológico do Plástico NTPlás.
Após toda a apresentação do cronograma, os industriais alagoanos comemoraram as notícias na área de ciência e tecnologia. “A inovação tem assumido posição de destaque na agenda dos empresários, do governo e das instituições de ensino, que compreendem a sua importância como fator de competitividade das empresas. É necessário promover políticas de estímulo à criação de ambientes favoráveis ao surgimento de empresas inovadoras, capazes de concorrer no mercado externo e gerar desenvolvimento na sua região”, defendeu o presidente da Fiea, José Carlos Lyra.