Cerca de 500 pacifistas são detidos por tentativa de invasão à Otan

01/04/2012 19:16 - Brasil/Mundo
Por Redação

Centenas de militantes anti-Otan tentaram invadir neste domingo a sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bruxelas, mas foram impedidos por muitos policiais, que prenderam 483 pessoas, segundo um porta-voz das forças de segurança.

"Nenhum dos manifestantes conseguiu entrar na sede da Otan. Detivemos 483 pessoas, todas serão libertadas ainda esta noite", declarou à AFP Christian De Coninck, da polícia de Bruxelas.

Os manifestantes, vindos de toda a Bélgica e também da Suécia, da Finlândia, da Alemanha, da França, da Espanha, do Reino Unido e da Turquia, em sua maioria jovens, chegaram em grupos, no início da tarde (horário local, manhã em Brasília), aos campos que rodeiam a sede, no noroeste da capital belga.

As forças de segurança, formadas por "de 500 a 600" homens, segundo um oficial, esperaram os manifestantes ao longo da grade que protege a sede da Aliança e o quartel general do exército belga situado ao lado.

Às 14h30 (9h30 em Brasília), os manifestantes correram em direção ao alvo. Alguns conseguiram furar o cordão policial para escalar as grades que rodeiam a sede militar.

Mas o avanço dos policiais, que estavam a cavalo, e a intervenção de seus colegas impediram a invasão em poucos minutos. Rapidamente, os policiais conseguiram conter os jovens e prenderam, um após outro, formando várias filas.

As ondas de manifestantes que vieram em seguida não conseguiram se aproximar. Muitos foram presos depois de serem perseguidos pelos campos sob a supervisão de um helicóptero da polícia, que sobrevoou o local.

Na espera de serem levados para os furgões, manifestantes, alguns dos quais haviam trazido tambores, enquanto outros estavam vestidos como palhaços, gritavam "Não queremos mais a Otan", "Queremos a paz agora".

Este evento, que foi organizado pela associação belga "Ação pela Paz", para denunciar, dois meses antes da reunião de cúpula da Otan em Chicago, uma aliança que constitui, segundo ela, "um perigo à paz mundial".

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