Lars Grael vê sobrinha fora de 2012, mas "aposta dinheiro" por 2016

31/03/2012 09:43 - Outros Esportes
Por Redação

Lars Grael é um dos maiores velejadores do País e tio da também velejadora Martine Grael - que, junto com Isabel Swan, disputa a partir da próxima semana uma única vaga na classe 470 feminina para os Jogos de Londres. A briga será contra outra dupla brasileira, formada por Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan.

Martine e Isabel, que classificaram o Brasil para a Olimpíada no Mundial de Perth, na Austrália, em dezembro de 2011, foram superadas por Oliveira/ Barbachan na seletiva nacional de vela, realizada em fevereiro deste ano, em Búzios. Para desempatar a disputa, será utilizada a etapa da Copa do Mundo de Palma de Maiorca, na Espanha, que começa no dia 31 de março. Quem tiver melhor desempenho lá, fica com a vaga.

Por conta da maior experiência da proeira Fernanda Oliveira, Lars Grael acha que sua sobrinha (Martine é filha de Torben Grael, irmão de Lars), apesar do "potencial ilimitado", não se classificará para os Jogos de Londres. "A Fernanda Oliveira, eu acho que em termos de pressão psicológica parece reagir melhor, parece ser mais versátil. Então eu acho que em termos de chance, a chance maior para a vaga é da Fernanda", afirmou o velejador em entrevista ao Terra.

Lars Grael acredita também que a dupla gaúcha formada por Oliveira e Barbachan tem mais chance de obter êxito na Olimpíada. "Para Londres, a chance maior de medalha é da Fernanda". Entretanto, o velejador, que tem duas medalhas olímpicas no vasto currículo, vê uma situação bem diferente nos Jogos de 2016, que serão no Rio.

"Para o Rio de Janeiro eu já acho que todo o favoritismo reverte para a Martine. Ela vai ter mais quatro anos para ganhar experiência e tem uma proeira que é medalhista olímpica. Eu diria que apostaria dinheiro que dali sai medalha no Rio de Janeiro", atestou com confiança Lars Grael.

Nesta disputa pela vaga em Londres, a timoneira Fernanda Oliveira enfrenta sua ex-proeira, Isabel Swan. Juntas, elas conquistaram a primeira (e única até então) medalha olímpica da vela feminina brasileira com o terceiro lugar da classe 470 nos Jogos de Pequim, em 2008. "A Fernandinha e a Isabel fizeram história em Pequim. Eu acho que isso foi formidável", disse Lars sobre o bronze das meninas, que depois da Olimpíada se separaram.

"Houve um desgaste de relacionamento entre elas, normal entre velejadores, você passa quatro anos dividindo o mesmo quarto, o mesmo carro, o mesmo barco", avaliou Lars Grael, que considerou positiva a decisão: "eu acho que a divisão foi saudável".

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