Na terça-feira, 03, os militares promovem um apitaço pelas ruas de Maceió. A manifestação, com concentração às 14h30 na sede da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), no bairro do Trapiche, será contra o Código de Ética e em prol do Serviço Extra Voluntário (SEV).

Os militares pretendem sair em caminhada pelas ruas do Trapiche e Centro até a Praça Dom Pedro II, em frente à Assembleia Legislativa de Alagoas.

Uma reunião também deverá ser agendada com o Comando Geral da PM e o Governo de Alagoas para discutir a implantação do SEV e a fixação da carga horária dos militares em 36 horas semanais.

“Hoje, os militares estaduais não têm uma carga horária definida e queremos que seja regulamentada por Lei Estadual ou Portaria do Comandante Geral da PMAL. Também gostaríamos de acabar com os ‘bicos’ em postos, lojas, padarias, farmácias e supermercados. O Serviço Extra Voluntário irá atender a sociedade alagoana como um todo e não a interesses particulares. Com isso, irá aumentar consideravelmente o policiamento nas áreas críticas, possibilitando a diminuição da violência”, afirmou o presidente da ASSMAL, sargento Teobaldo de Almeida.

Com o SEV, os militares trabalharão para sociedade recebendo um complemento salarial justo e ainda estarão exercendo suas funções de forma legal.

Como funciona o SEV

A proposta das entidades é que o militar trabalhe voluntariamente com cinco serviços extras de seis horas cada. A carga hora do SEV deve ser fixada em no máximo 30 horas mensais.

Além disso, o militar só poderá trabalhar no SEV no segundo dia de sua folga e deve receber pelos cinco serviços o valor de R$1.200.

“Não podemos mais perder militares para a criminalidade. Nossos heróis estão vulneráveis com os ‘bicos’ e ainda são explorados por empresários, que pagam entre R$15,00 e R$20,00 por oito horas de trabalho. Na tentativa de oferecer uma vida digna para sua família se submetem aos bicos. No nordeste, apenas Alagoas e Piauí ainda não aderiram ao SEV”, disse Sargento Teobaldo.