Funcionários de ‘fábrica da Apple’ terão redução de horas de trabalho

30/03/2012 05:41 - Internet
Por Redação
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Os trabalhadores chineses, que frequentemente ficam mais de 60 horas por semana montando iPhones e iPads, terão suas horas extra reduzidas e seu salário aumentado após uma auditoria contratada pela Apple para verificar as fábricas de seus fornecedores.

A Fair Labor Association, contratada pela gigante norte-americana, afirma que a Hon Hai Precision Industry, conhecida como Foxconn, se comprometeu a reduzir a jornada semanal dos trabalhadores para até 49 horas. O compromisso também inclui a contratação de dezenas de milhares de novos trabalhadores, melhoria nas condições de segurança e outros benefícios.

O limite de horas é frequentemente ignorado nas fábricas pela China. Auret van Heerden, CEO da autoria, disse que a Hon Hai é a primeira companhia a se comprometer a seguir o padrão da lei. A companhia contratada pela Apple conta que descobriu que muitos funcionários da Foxconn querem trabalhar ainda mais horas, para ganhar mais dinheiro. Então a fábrica se comprometeu a aumentar o valor pago por hora, para compensar a redução na jornada.

Auditoria nas fábricas
Os fiscais visitaram três fábricas da Foxconn entre fevereiro e março de 2012. Elas empregam um total de 178 mil funcionários, com idade média de 23 anos. O salário médio dos trabalhadores vão de US$ 360 a US$ 455.

Após as visitas, a associação concluiu que havia múltiplas violações às leis do trabalho, incluindo excesso de horas trabalhadas e plantões não remunerados.

A Apple, empresa mais valiosa do mundo, e a Foxconn, maior empregadora do setor privado chinês e principal contratada para manufaturar produtos Apple, são tão dominantes na indústria global da tecnologia que o acordo firmado entre ambas provavelmente terá um impacto substancial em todo o setor.

As condições de trabalho em muitas fabricantes na China que abastecem o Ocidente são consideravelmente piores do que aquelas da Foxconn.

A curto prazo, o compromisso assumido pela Foxconn elevará os custos para outras fabricantes do Ocidente com contratos com chinesas, incluindo nomes como Dell, HP, Amazon.com, Motorola Mobility, Nokia e Sony. E provavelmente resultará em preços maiores dos produtos aos consumidores, embora o impacto possa ser limitado considerando que os custos trabalhistas são uma fração pequena de todo o dinheiro necessário para fabricação de produtos de alta tecnologia.
 

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