Atos de vandalismo que vêm ocorrendo, neste mês de março, ao longo do aqueduto Catolé-Cardoso, principalmente no Flexal de Baixo, localidade próxima a Bebedouro, estão provocando prejuízos, tanto para a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) quanto para as comunidades abastecidas pelo sistema.

Na última semana, o aqueduto (tubulação com 12km de extensão, constituída de placas de concreto), que sai da barragem do Catolé até a estação de tratamento de água Cardoso, em Bebedouro, foi novamente depredado por vândalos. Dezesseis placas de cimento armado, que cobrem a tubulação, foram arrancadas e danificadas, num trecho de 16m, nas imediações dos povoados Matadouro e Goiabeiras, no bairro Fernão Velho, em Maceió.

Segundo Victor Correia Vasconcellos, titular da Gerência de Produção e Desenvolvimento Operacional da Casal, a depredação é feita com o intuito de utilização do canal como área de lazer para banhos, a partir da perfuração e quebra das tampas. "Além de pôr em risco a vida dos depredadores, o ato pode causar problemas de desabastecimento devido aos vazamentos que provoca", assinala.

Victor disse ainda que o sistema Catolé-Cardoso corresponde a aproximadamente 15% do abastecimento de Maceió, atendendo a cerca de 150 mil usuários, e que a depredação constante pode causar deficiência no fornecimento de água na parte baixa da capital.

Recentemente, integrantes da vigilância patrimonial da Casal flagraram menores depredando o aqueduto. O fato foi comunicado ao Conselho Tutelar, para a adoção de providências. A Companhia está encaminhando ao Comando da Polícia Militar pedido de apoio no sentido de coibir os atos de vandalismo.