Um dia após a determinação judicial de proibir a comercialização de novas linhas telefônicas da operadora TIM, uma entrevista coletiva na sede do Ministério Público reforçou a decisão e pediu que os usuários continuem denunciando a falta de atendimento e abusos por parte da operadora, subsidiando assim, a continuação do processo de melhorias nos serviços prestados.

Com a presença de representantes do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP), Procon e Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB), a reunião marcou uma espécie de ratificação do trabalho em favor da sociedade e comemorou a decisão de proibir a comercialização de novas linhas telefônicas da TIM, o que ainda não aconteceu.

A reportagem do CadaMinuto foi às ruas e comprovou que as vendas continuam normalmente. Sobre isso, o representante da OAB, José Tenório Gameleira, justificou o fato. “É uma decisão recente, mas que tem de ser cumprida. A partir do momento da determinação judicial, o prazo de 24 horas para que sejam tomadas as medidas já está contando. Mas, acho que a citação por parte da Anatel para a TIM deve ser feita ainda hoje”, disse.

A comissão do Ministério Público ainda reforçou a atitude sugerida pelo representante do Procon, César Caldas, de que os usuários tem um papel fundamental para que o processo de melhoria dos serviços prestados continue ativo. “Quem se sentir lesado com os serviços da operadora TIM, continue procurando seus direitos, para subsidiar o nosso trabalho contra esse abuso”, afirmou Caldas.

Além da capital alagoana, que apresenta o maior número de reclamações, vários municípios como Arapiraca, Água Branca, Batalha e Cajueiro, já tiveram registrados registros ainda maiores, como falta de sinal por um período superior a dois dias.

Em visita a capital alagoana no ano passado, representantes da TIM além de não reconhecerem as deficiências apontadas, afirmaram que iriam solicitar as melhoras, apresentando números e projetos sem a chancela da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Inclusive, os dois representantes da TIM, o engenheiro de telecomunicações Leandro Guerra e o diretor do departamento de rede, Charles Davis, foram indiciados pela CPI da TIM na Assembleia Legislativa do Estado (ALE).

Como ainda não foi citada pela Anatel, a operadora não se pronunciou sobre o caso ou como vai proceder com relação a decisão judicial.