Os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, participaram, nesta terça-feira (27), do lançamento em Alagoas do programa Crack: é possível vencer. O evento acontreceu no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso e contou com a participação de diversas autoridades. O governador Teotonio Vilela Filho, o vice José Thomaz Nonô, o deputado estadual Gilvan Barros, o desembargador Tutmés Ayran, o deputado federal Givaldo Carimbão, o prefeito Cícero Almeida, o procurador Sérgio Jucá e Luís Eustáquio Toledo, compuseram a mesa de trabalhos juntamente com os ministros.

Alagoas é o segundo estado a receber o programa, lançado no final do ano passado pela presidente Dilma Roussef. Hoje, foi assinado o termo de início das atividades e anunciado o repasse de R$ 37 milhões para a sua execução. O valor será investido em ações de combate e prevenção ao uso de drogas, saúde e segurança pública até 2014. Além disso, haverá ainda um montante a ser repassado pelo Ministério de Desenvolvimento Social (MDS).

Para ações na área da Saúde, serão destinados R$ 28,8 milhões. Estão previstas a construção de um novo Centro de Atenção Psicossocial para o álcool e drogas (CAPS ad), a ampliação de dois centros já existentes, com 42 leitos a mais , e a inauguração de nove unidades de atendimento e quatro consultórios para atendimento de dependentes químicos.
Os ministros anunciaram ainda a construção de um Centro de referência especializado em assistência social (CREAS) NO Complexo Benedito Bentes, até o final do ano.

Prioridade

“O governador nos pediu que fosse dada uma prioridade para Alagoas, por conta dos altos índices no estado. Os policiais serão capacitados e todos que irão trabalhar nesse projeto também, temos que garantir a ressocialização dos depentes químicos”, disse Cardozo.
Teotonio Vilela Filho realçou a importância do programa e colocou que 80% dos homicídios ocorridos no estado têm ligação com as drogas. “As famílias precisam sair dessa guerra”, disse.

Antônio Luiz, dependente químico em tratamento na Fazenda Esperança, afirmou que apenas com apoio é que se pode largar o vício. “Se não fosse as pessoas que me ajudam ou estaria morto ou preso, esse é o destino de quem usa drogas”, alertou.

Segurança

Para a Segurança Pública serão destinados R$ 3,6 milhões para reforço no policiamento, compra de duas bases móveis com videomonitoramento, duas viaturas, quatro motos e 400 armas de menor potencial ofensivo.