A falta de respostas do Ministério Público Estadual (MPE) sobre os questionamentos quanto à licitação do transporte público intermunicipal vem causando desconforto entre os donos de vans em Alagoas. Por conta disto, a Cooperativa de Transporte Complementar Intermunicipal de Passageiros de Alagoas – Coopervan – segue nesta terça-feira (13) à sede do órgão para tentar uma reunião com o promotor Jamil Barbosa.

Segundo o presidente da Coopervan, Marcondes Prudente, a preocupação quanto à seleção ficou ainda maior após a publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) da nova lista de classificados para a concorrência pública.

“Vamos até o órgão e cobraremos do promotor, que o MP designou para acompanhar o caso, respostas sobre as denúncias que protocolamos numa ação impetrada para garantir que haja mais clareza na licitação. Sabemos que algumas diligências sobre o caso já ocorreram, mas não tivemos nenhuma resposta”, cobrou Prudente.

As denúncias relatadas pela Coopervan dão conta de que durante o processo licitatório houve favorecimento de pessoas que, por lei, estariam proibidas ou impedidas de participar. No entanto, a cooperativa afirma que com a divulgação da nova lista, pode ser constatada a presença de políticos e funcionários públicos.

Para Prudente, o processo trata-se de ‘um jogo de cartas marcadas’ e existem provas suficientes de que há um apadrinhamento de determinadas pessoas. “Por isso, pedimos que o edital fosse anulado ou revisto pela comissão. Vamos levar novos documentos, mas precisamos que o órgão se posicione, até porque são centenas de trabalhadores que há mais de 10 anos estão na frota e poderão ficar sem trabalhar”.

Apesar dos cooperados pensarem em organizar protestos, fechando rodovias em todo o Estado, a Coopervan se mostra contrária a esse tipo de movimento e espera conseguir resolver a questão junto ao Poder Judiciário.

O grupo deve seguir ao Ministério Público às 9 horas desta terça-feira (13).