Reunião na SMCCU discute situação de prédios antigos em Maceió

10/03/2012 03:33 - Maceió
Por Redação

Representantes de vários órgãos estiveram, na manhã da quinta-feira (8), na sede da Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU), para discutir a situação dos prédios antigos existentes na cidade, que podem oferecer risco à população, em caso de desabamento. O intuito do encontro é criar medidas preventivas contra possíveis catástrofes dessa natureza.

A Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento (Sempla) apresentou as condições de edifícios que fazem parte do patrimônio histórico do município, como os localizados no centro da cidade. A reunião contou com a participação do superintendente da SMCCU, Galvaci de Assis, e representantes da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Alagoas (Crea-AL) e do Corpo de Bombeiros.

O encontro estabeleceu a formação de uma comissão multidisciplinar composta pela SMCCU, Comdec, Crea e Corpo de Bombeiros, que irá avaliar a situação dos prédios antigos e averiguar a condição de risco oferecida aos que o ocupam, como também para as construções vizinhas. A comissão contará com o apoio da Sempla, que, por meio da sua Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural (DPHC), vai elencar os primeiros edifícios a serem vistoriados.

Ficou definido que a atuação da comissão avaliadora se dará, inicialmente, em três etapas. Na primeira será feito o levantamento e a identificação de prédios antigos que apresentam condições de conservação precárias ou problemas estruturais com risco eminente de desabamento. Após a identificação dessas construções, será feita uma vistoria pelos integrantes da comissão, que apontará a necessidade de uma perícia técnica no local, em um terceiro momento.

“Constatando-se o risco de desabamento, é imprescindível a atuação da Defesa Civil, uma vez que isso põe em risco a vida de seres humanos”, disse o coronel Antônio Campos de Almeida, coordenador do órgão. “Porém, se não houver indícios concretos de danos, há a necessidade de um laudo técnico para que realizemos a desocupação do prédio e a interdição da área ao redor”, pontuou.

O superintendente do Crea-AL, Jackson Cabral de Santana, relatou que diariamente o conselho tem recebido uma média de dez ligações solicitando vistorias em edifícios da capital. Segundo ele, a situação é motivada pela tragédia ocorrida no centro do Rio de Janeiro no mês de fevereiro deste ano. “Caso seja constatada uma situação de risco, é fundamental uma ação conjunta com outros órgãos municipais para garantir o bem-estar dos envolvidos”, afirmou.

Para o superintendente da SMCCU essa é uma iniciativa pioneira que reflete a preocupação dos gestores públicos com a população. “A Prefeitura está interessada em garantir a segurança dos moradores desses prédios, mas é preciso também uma ação conscientizadora por parte dos proprietários para que tudo seja resolvido da melhor forma possível”, alertou Galvaci de Assis sobre a falta de cuidado de muitos cidadãos com seus bens.

Nesse momento inicial, dez construções foram elencadas para serem vistoriadas pelos órgãos nas próximas semanas, começando pelos prédios públicos mais antigos do município.

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