As cirurgias estéticas vêm sendo cada vez mais procuradas em Alagoas. Mas, casos recentes de complicações no procedimento mostram que é preciso prestar atenção na hora de decidir mudar a aparência, segundo o cirurgião plástico, Fernando Gomes.
A morte da servidora pública Raquel Martins Damasceno, 47 anos, na última terça-feira (06), após se submete a uma abdominoplastia está entre esses casos. Ela sofreu uma parada cardíaca e embolia gordurosa.
Gomes explicou que realizar exames e consultar um especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC) são os primeiros passos para a realização do procedimento. Segundo ele, o paciente deve possuir condições hemodinâmicas para passar pela cirurgia.
“Entre os exames necessários estão hemograma, coagulograma, eletrocardiograma. O risco cirúrgico se dá devido ao meio da anestesiologia. É preciso suspender cigarros e uso de pílula para conter a gravidez, por seu poder em desencadear trombos”, ressaltou.
O cirurgião afirmou que complicações podem acontecer em qualquer procedimento e em todos os estados do Brasil. “Alagoas possui um grupo de cirurgiões plásticos preparados e com formação diferenciada. As cirurgias mais procuradas são lipoaspiração e implante mamário”, contou.
Satisfação
Em 2007, Maria de Lourdes Carvalho passou por sua primeira cirurgia, feita no nariz. Já em 2009 ela decidiu fazer uma redução de mama e afirmou estar satisfeita com o resultado. Segundo Maria de Lourdes, é preciso escolher bem o profissional e o local da cirurgia, já que ela optou por um hospital que possui UTI. .
“Minha mãe se preocupou muito, porque via na televisão muitos casos de procedimentos mal sucedidos. Fiz as duas com o mesmo médico. Ele mandou eu fazer todos os exames, tanto na primeira quanto na última cirurgia. Eu era obesa e tinha alergia à dipirona e essa foi uma preocupação, porque tem anestesia que contém essa substância”, destacou.