Cerca de 60% dos postos da Grande São Paulo receberam combustível desde quinta-feira (8), segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro). Entretanto, o presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, ressalta que a falta de combustível pode ainda ocorrer em alguns estabelecimentos, dada a alta procura. Segundo a entidade, há cerca de 2,3 mil postos na Grande São Paulo.

O fornecimento começou a ser normalizado desde quinta, quando os motoristas de caminhões-tanque decidiram encerrar o protesto contra as restrições a caminhões em vigor na Marginal Tietê desde segunda-feira (5).

A previsão é de que, entre este sábado (10) e domingo (11), todos os postos tenham tanto combustível para vender quanto material armazenado para os próximos dias. A distribuição, no entanto, está respeitando os horários da restrição na Marginal do Tietê e nas outras vias do Minianel Viário da capital paulista - de segunda a sexta-feira, das 5h às 9h e das 17h às 22h, e aos sábados, das 10h às 14h.

Um dos motivos para a normalização dos estoques foi que centros de distribuição da região metropolitana aumentaram o volume de combustível despachado. Só a Raízen, distribuidora para estabelecimentos Shell, Esso e alguns de bandeira branca (postos independentes), distribuiu na quinta-feira 11,8 milhões de litros de gasolina e etanol. O balanço divulgado nesta sexta, que considerou apenas o horário das 2h às 14h, indicou o despacho de 8 milhões de litros.

"A fim de regularizar o abastecimento o mais breve possível, os terminais vão operar em turnos de 24 horas, inclusive neste domingo", informou a empresa, em nota. Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustível e de Lubrificantes (Sindicom), as outras distribuidoras adotaram a mesma medida.

A Grande São Paulo consome cerca de 40 milhões de litros de combustível por dia, dos quais 22 milhões vão para os postos - o restante é usado por empresas de transporte e indústrias.