Políticos de olho nos cargos de livre nomeação na PF

05/03/2012 19:53 - Pinto de Luna
Por Pinto de Luna
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Ao contrário do que muitos pensam, os cargos de direção e superintendência do Departamento de Polícia Federal não são privativos dos delegados ou de qualquer outra categoria que compõe o quadro de pessoal da instituição.

Em outros tempos não era raro ver à frente das superintendências regionais um oficial do Exército Brasileiro ou um indicado político. Um exemplo maior foi o caso do falecido Romeu Tuma, pelo qual sempre nutri respeito profissional. Ele era Delegado da Polícia Civil de São Paulo e foi nomeado superintendente da PF naquele estado, sendo posteriormente alçado ao cargo de Diretor-Geral do órgão sem pertencer aos quadros da instituição. Isso se deu no Governo do Presidente José Sarney.

Até hoje esses cargos são de livre nomeação do Ministro da Justiça, sem que haja a obrigatoriedade dos nomeados serem do quadro de funcionários da Polícia Federal.

Isso ainda persiste por não haver a lei orgânica da PF, na qual se estabeleceria a sistemática e condições para essas nomeações. Esse tema gera discussões acaloradas entre as categorias da PF, levando certas pessoas, dos mais variados cargos, a um estado de cólera profunda no ambiente de trabalho.

Situação lamentável!

A PF carece urgentemente de ter aprovada sua lei orgânica, sob pena de voltar a ter nos seus “postos-chaves” pessoas estranhas aos quadros e que defendam interesses escusos.

O que não falta é político de olho na possibilidade de nomear alguém seu para esses cargos...

Valei-me!

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