De forma discreta os vereadores arapiraquenses iniciaram a campanha eleitoral com vistas à renovação dos seus mandatos para a próxima legislatura que será aumentada de 13 para 15 legisladores a partir de 2013.
De acordo com analistas políticos, a atuação da atual bancada foi pífia, pálida com raríssimas exceções. A grande maioria dos atuais vereadores teve foco principal nos interesses pessoais. Os pleitos e as reivindicações da população arapiraquense foram colocados em um segundo plano.
Outro ponto negativo foi a não mobilização coesa dos vereadores em favor dos servidores públicos do município relacionado ao não envio da mensagem do projeto de cargos e carreira (PCC). Apenas os vereadores Moisés Machado (PSD) e Josias Albuquerque (PSD) ocuparam a tribuna da Casa cobrando do Executivo o envio da mensagem.
O restante dos 11 vereadores fez “corpo mole” e não estão bem com a categoria dos servidores municipais que aguardam melhorias salariais desde o primeiro mandato de Luciano Barbosa.
Denuncias de improbidade
A atual legislatura foi marcada por denuncias de improbidade administrativa que teria sido praticada pela presidência da Casa que tem a frente o veterano vereador Adalberto Saturnino de Almeida (PMDB). Uma das acusações mais graves foi as denuncias de divisão de sobra dos recursos do duodécimo entre os vereadores.
A maracutaia veio ao conhecimento público após denúncia do ex-vereador Sidnei Geni (PSDB) que vai para a disputa de um mandato no Legislativo de Arapiraca este ano. “No meu tempo havia o “racha” detonou Geni em uma entrevista a uma emissora de rádio local.
Renovação
A previsão de renovação no Legislativo de Arapiraca nas eleições deste ano pode ser da ordem de 60%. Dos atuais 13 vereadores, apenas um, anunciou que não vai renovar o mandato. Decepcionado, o odontologo Clarindo Lopes (PTN) anunciou no ano passado que vai se dedicar as suas atividades em seu moderno consultório odontológico.
Clarindo Lopes foi protagonista de uma cena de vias de fato com o vereador Tarcizo Freire no gabinete do presidente da Casa no ano passado. Clarindo foi agredido com um murro desferido de direita, por Tarcizo. O episódio degradante e vergonhoso obteve grande repercussão em todo o Estado.
Custo de campanha
De acordo com um experiente ex-vereador com três legislaturas, que pediu para não ter o nome mencionado, o custo de uma campanha por uma das 15 vagas no Legislativo de Arapiraca fica em torno de R$ 300 mil.
Para a maioria dos atuais vereadores dinheiro não é problema, eles conseguiram a custa do cargo, imóveis, propriedades, empresas e construíram verdadeiras mansões. Alguns, no primeiro mandato eletivo. Dos 13 vereadores 11 faz parte do bloco de sustentação política ao prefeito Luciano Barbosa (PMDB).
De acordo com analistas políticos, conseguirão a reeleição os vereadores; Tarcizo Freire, (PSD) Gilvania Barros (PMDB) Moisés Machado (PSD) Rogério Nezinho (PMDB) e Josias Albuquerque (PSD). Comenta-se nos bastidores que o vereador Daniel Rocha (PTB) poderá desistir da reeleição em razão da pré-candidatura da mãe a deputada federal Célia Rocha (PTB) a sucessão municipal.
Outro comentário nos bastidores políticos é de que o vereador Fernando Barbosa (PSD) que assumiu a vaga de Severino Pessoa (PPS) eleito deputado estadual não vai para a reeleição.
Os demais vereadores vão para a disputa para manter os altos subsídios e privilégios do poder, a exemplo de Adalberto Saturnino (PMDB) que vai tentar o sexto mandato. Graça Lisboa (PSD) vai tentar o segundo mandato, João dos Santos (PMDB) vai tentar o terceiro mandato, Robério de Lima Ataíde (PRP) vai tentar o segundo mandato e finalmente Dorge do Queijo (PRTB) que vai tentar o segundo mandato.