Chegou-se a se esboçar uma disputa pelo controle da Mesa Diretora da Assembleia, mas o esforço acabou não vingando e a eleição para os cargos de direção do Legislativo que acontecem hoje já está definida, com a recondução dos atuais integrantes da Mesa Diretora, sendo Fernando Toledo, presidente e Antonio Albuquerque, que deve volta hoje ao Legislativo após o atentado contra seu filho, como vice.

A eleição que já havia sido feito, cancelada pela Justiça, será refeita hoje para obedecer os parâmetros definidos pelo Judiciário, tudo está ocorrendo de acordo com as orientações da procuradoria da ALE.

Na parte política, o suposto grupo liderado pelo deputado Inácio Loyola, foi facilmente dizimado, e até o próprio Loyola ainda ontem buscava uma vaga na chapa de Toledo, que será reconduzida para o próximo biênio.

Na sessão da última terça-feira o deputado Olavo Calheiros criticou a eleição e deixou claro que vai novamente a Justiça contra o que ele classificou como “golpe”. Já o PT teve novamente uma posição diferente entre seus pares.

Enquanto Judson Cabral se mostrou contrário a eleição se posicionando contra o processo, seu colega Ronaldo Medeiros “surpreendeu” e se apresentou como candidato de “oposição”, sendo duramente criticado pelo deputado Olavo Calheiros.

“Você está legitimando este processo, deputado Ronaldo Medeiros, eu lhe nego o voto” disse Olavo Calheiros, acusando o colega de bancada de se posicionar como candidato de oposição para beneficiar a chapa de situação.

Vaga no TCE

A estratégia do atual grupo diretor que será reeleito continua a mesma, Toledo será presidente até poder ser indicado para o Tribunal de Contas, apesar da indicação e aprovação do nome do procurador Gustavo Henrique Santos existe uma pressão forte da ALE para que o governador, que tem ainda 10 dias para indicar a vaga, aponte Toledo como detentor da vaga.

Apesar da Justiça (STF e TJ-AL) definir a vaga do procurador Gustavo, o deputado Marcelo Victor criticou a postura do governo e do TC dizendo que a vaga seria da Assembleia Legislativa.

Ainda durante o pronunciamento, o deputado Marcelo Victor citou dois acórdãos – um de 2009 e outro de 2002 - proferidos pelo Tribunal de Justiça de Alagoas os quais reconhecem que o conselheiro Otávio Lessa é proveniente das fileiras do Executivo.

 “Mas mesmo assim continuamos vendo uma discussão política medíocre, hipócrita e mentirosa dizer que os políticos estão querendo tomar a vaga do técnico. E os políticos não querem. Talvez os políticos não tenham coragem de defender as suas prerrogativas e as Constituições Estadual e Federal”, argumentou Marcelo Victor, solicitando à Mesa Diretora da Casa que provoque a Procuradoria-Geral do Estado a se manifestar no sentido de refutar o seu pronunciamento