Fla sai na frente, sofre virada do Boavista e estreia com derrota e vaias

29/02/2012 21:17 - Futebol
Por Redação
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Deivid saiu aplaudido, mas não fez gol. Vagner Love fez, mas o Flamengo não venceu. A noite de quarta-feira foi estranha para o Rubro-Negro no Moarcyrzão, em Macaé. O time de Joel Santana foi melhor durante quase toda a partida, mas saiu de campo derrotado pelo Boavista, em jogo da primeira rodada da Taça Rio. Depois de abrir o placar logo no início, permitiu o empate nos acréscimos do primeiro tempo e sofreu a virada nos primeiros minutos da segunda etapa, após gol polêmico da equipe da Região dos Lagos: 2 a 1.

O resultado frustra os planos de Joel de conquistar seis pontos nos dois primeiros jogos do returno. O técnico não pôde contar com Ronaldinho, Léo Moura e Airton. Os dois últimos fizeram mais falta que o camisa 10, que não vive boa fase. O Boavista, que fez boa campanha na Taça Guanabara e ficou fora da semifinal por pouco, consegue os primeiros três pontos contra um grande e ganha força.

Detalhe: o terceiro uniforme do Flamengo, todo preto e com uma faixa vermelha no peito, continua com aproveitamento zero. Depois das duas derrotas na Copa Sul-Americana do ano passado, ambas contra o Universidad de Chile, o time sofre nova derrota.

O Flamengo volta a jogar no próximo domingo, também em Macaé, contra o Duque de Caxias, às 18h30m (de Brasília). No mesmo dia, às 16h, o Boavista recebe o Macaé, em Bacaxá.

Fla domina e sai na frente. Boavista busca o empate

Deivid e a trave. Quem disse que a combinação não pode dar certo? Tudo bem que a bola dele não entrou, assim como na semifinal contra o Vasco, há uma semana, mas nesta quarta-feira errar o alvo fez bem. Aos cinco minutos, o camisa 9 recebeu na entrada da área e não titubeou. O chute de longe, firme e com raiva, explodiu na trave direita do goleiro Thiago. Desta vez foi Vagner Love quem quase desperdiçou chance incrível, só que o Artilheiro do Amor, em posição legal, conseguiu ajeitar o corpo para abrir o placar: 1 a 0. Terceiro dele no campeonato. Depois de dias difíceis, Deivid foi tão festejado pelos companheiros quanto o autor do gol.

Foi um Flamengo diferente, desfacaldo. Joel Santana não pode contar com Léo Moura e Airton, machucados, e Ronaldinho, que defendeu a Seleção Brasileira no amistoso contra a Bósnia. Galhardo, Muralha e Bottinelli entraram. O time tomou a iniciativa desde o primeiro minuto, tanto que saiu na frente cedo. Depois de alguns erros de passes, a equipe começou a se acertar. A armação ficou por conta do argentino. Renato, com a braçadeira de capitão, se aproximou da linha de frente, e Deivid e Love deram opções com boa movimentação. Em cobrança de escanteio, David Braz, de cabeça, quase ampliou.

O Boavista foi passivo, esperou a chance de aproveitar algum contra-ataque e teve o atacante Somália como referência. Tony, Thiaguinho e Ernani, pouco inspirados, não criaram nada. O primeiro chute a gol só foi dado aos 26 minutos. Thiaguinho mandou longe do gol de Felipe.
Deivid prometeu e cumpriu. Deu carrinho, driblou, partiu para cima dos adversários. Esforço e bom futebol para recuperar a confiança. O camisa 9 participou das principais jogadas do time e deixou Love na cara do gol. Na entrada da área, de frente para o goleiro, o atacante perdeu.

Thiago saiu bem para abafar o chute com o peito.

Tony é um dos jogadores de frente do Boavista, mas trocou a criatividade pela violência. Na parte final do primeiro tempo, solou o tornozelo direito de Willians em disputa de bola no meio-campo e tirou o volante rubro-negro da partida. O camisa 8 deu lugar a Maldonado e saiu sem conseguir apoiar o pé no chão. No banco de reservas, se contorceu de dor e chorou enquanto era examinado pelo médico.

O sistema defensivo do Flamengo deu pane, o Boavista cresceu nos cinco minutos finais e chegou com perigo até conseguir a igualdade. Tony tentou gol olímpico e parou em Felipe. Luiz Alberto acertou o travessão em cabeçada perigosa, e Thiaguinho foi derrubado na área por Maldonado. O árbitro Felipe Gomes da Silva marcou pênalti. Na cobrança, aos 47, Somália deslocou Felipe e empatou.

Virada polêmica do Boavista

Os pedidos da torcida do Flamengo por Negueba antes dos dez minutos denunciavam: o início de segundo tempo do time não era bom. Apesar do domínio, o Rubro-Negro não teve força ofensiva. Bottinelli, Deivid e Love não se encontravam. Maldonado, lento na marcação, sofria para acompanhar os adversários. Galhardo e Junior Cesar não apoioaram. E o pior. A equipe recuou muito. Até sofrer a virada, aos 11. O lateral-esquerdo Paulo Rodrigues cobrou escanteio, e Felipe mandou para dentro do próprio gol. Os jogadores do Flamengo reclamaram de um toque de mão de Sheslon, que foi puxado por Galhardo dentro da área. O árbitro validou o lance e deu o gol para Paulo: 2 a 1.

Joel lançou Negueba na vaga de Bottinelli e ouviu gritos tímidos de “burro” de parte da torcida no Moacyrzão. O time ganhou mais velocidade pelo lado direito e pareceu um pouco mais forte na linha de frente, mas atacou sempre com dificuldade.

Alfredo Sampaio tirou Ernani e Thiaguinho e colocou Marlon e Léo Pimenta. Em vantagem, o time da Região dos Lagos voltou a se dedicar aos contra-ataques e fechou a porta. Pouco depois, aos 25, Joel tirou Deivid, muito aplaudido pelos torcedores, para a entrada de Diego Maurício. Pouco adiantou. O time conseguiu alguns ataques na base do desespero e chutes fracos e sem direção. Esquema tático? Nenhum. Desfigurado, o Flamengo começa a Taça Rio sem vitória, sem pontos e sem rumo.

Confusão e expulsões no fim

Nos minutos finais, Thiago quis retardar uma reposição de bola de Galhardo e deu início à confusão. Renato foi tomar satisfações, bateu boca com o goleiro do Boavista, os dois quase trocaram tapas e acabaram expulsos.

Como já tinha feito as três substituições, a equipe da Região dos Lagos ficou sem goleiro até Leandro Teixeira assumir a posição.

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