Transpal quer aumentar passagem para R$ 2,49

29/02/2012 07:14 - Maceió
Por Redação
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O aumento da passagem dos ônibus, de R$ 2,10 para R$ 2,30, parece não ter sido o suficiente para os empresários de Maceió. É que na ponta do lápis, o reajuste da tarifa ainda não garante que as empresas operem satisfatoriamente com as contas e agora, almejam que o valor cobrado seja de R$ 2,49.

A informação é de Ana Lúcia Martins da Costa, superintendente da Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas (Transpal) que concedeu uma coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (29), na sede da entidade.

A superintendente garantiu que o preço cobrado pela passagem em Maceió está defasada há muito tempo e neste período, os empresários tiveram que arcar com os aumentos de combustível, salários de funcionários e outros tributos.

“O preço é praticado dentro da realidade maceioense. A decisão de aumentar a tarifa para os R$ 2,30 foi sugerida pelos técnicos da SMTT – Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito –, porém o prefeito de Maceió não deu a autorização para que fosse reajustada”, garantiu.

Ana Lúcia lembrou ainda que para chegar ao novo valor, as empresas realizam um estudo técnico mensal. “Mensalmente, as empresas estão operando no vermelho e o reajuste atende uma necessidade para que frota continue trabalhando. Mas esse aumento não significa que o transporte irá melhorar porque isso é apenas um reajuste nas despesas”.

Na sessão plenária da Câmara de Vereadores de Maceió, Ricardo Barbosa sugeriu a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar alguns questionamentos sobre a arrecadação financeira mensal da Transpal. Sobre o assunto, a representante da entidade foi categórica. “A Transpal está com as contas e portas abertas para essa investigação”.

A passagem de R$ 2,30 entrou em vigor no domingo (26), após o desembargador Washington Luiz conceder liminar favorável a Transpal. A novidade pegou de surpresa todos os alagoanos que criticaram o aumento, principalmente por considerar a frota velha e a deficiência na quantidade de coletivos para atender a população.

A executiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT) esteve reunida ontem, em sua sede, para discutir que ações seriam adotadas para tentar reverter a situação. Segundo Izaac Jackson, presidente da entidade, um mandado de segurança será impetrado no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).

O procurador-geral do Município, Carlos Roberto Ferreira, explicou que a prefeitura de Maceió não foi citada na decisão e, com isso, não poderia a princípio recorrer. No entanto, a decisão está sendo analisada para definir a possibilidade de que a determinação do desembargador será revertida.

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