Curso de Música da Ufal recebe músicos da Alemanha em palestra

29/02/2012 04:01 - Cultura
Por Redação

O curso de Música da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) realiza a partir desta segunda-feira (27), até o dia 29 de fevereiro, atividades de extensão com os músicos Marta Cardoso Castello Branco Garzon e Hermann Albert Wenning. O programa de atividades inclui palestras, oficinas e uma apresentação musical.

Os convidados, residentes na Alemanha, estão no Brasil para a realização da fábula A Pequena Menina, o Pequeno Pato, em Belo Horizonte (MG). Nesta fábula, escrita para um trio formado por dois narradores e um flautista, o texto dialoga com as fantasias para flauta solo de Georg Philipp Telemann, em uma mistura de sonoridades e significados.

O espetáculo será realizado, na quarta-feira (29), às 20h, no Espaço Cultural da Ufal pelos artistas convidados, com a participação do aluno Cícero Rosa, do Curso de Teatro da Ufal. A peça será narrada em alemão, pelo ator e músico Hermann Albert Wenning e em também em língua portuguesa pelo aluno da Ufal.

De acordo com o professor do curso de Música, Flávio Ferreira, o curso faz parte do projeto de extensão do curso de graduação em música da universidade. “As oficinas de Flauta Transversal serão realizadas, nos dias 28 e 29 de fevereiro, das 13h30 às 16h30”, informou o professor.

Os convidados

Marta Castello Branco é flautista brasileira e atualmente realiza seu doutorado na Universidade de Artes de Berlim, dedicando-se à música contemporânea. Hermann Wenning é ator e músico alemão. Trabalhou nos teatros de Stuttgart e Innsbruck e se dedica há 20 anos à interpretação e difusão da música brasileira na Alemanha.

O espetáculo

A Pequena Menina, o Pequeno Pato é uma fábula para a música de G.P. Telemann. A história de uma pequena menina e de um pato foi elaborada especialmente para as primeiras Fantasias para Flauta Solo de Georg Phillip Telemann.

A ideia é de que ela seja lida por um trio junto à peça barroca, em um concerto destinado ao público adulto, mas que acolhe com alegria a presença de crianças. Flautista e dois narradores,

que leem em línguas diferentes, desvelam através das melodias e fragmentos da história, a música da língua falada.

O texto empresta da obra de Telemann suas articulações, dinâmica, eco, polifonia e passa a soar em um fluxo continuo, em jogo de mostrar-se e esconder-se, que inclui a compreensão da fábula. Uma palavra estrangeira, ainda que não compreendida, soa. Ela se realiza em um espaço provisório, por assim dizer, a caminho da música e da suspeita de que haja uma mensagem.

A passagem entre língua estrangeira, língua pátria e melodias, assim como a transparência de sua sobreposição propicia uma multiplicidade de percepções, da qual o público brasileiro, o público bilíngue e até o próprio flautista vivem experiências próprias.

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