Atualizado às 15 hs.
Um novo protesto protagonizado pelos mototaxistas voltou a congestionar o trânsito no Tabuleiro do Martins, parte alta de Maceió, em frente à sede da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), nesta terça-feira (28). Por conta da intensa fiscalização do órgão que apreendeu motocicletas, o grupo queimou pneus e interrompeu uma das vias da Avenida Durval de Góes Monteiro.
Segundo os manifestantes, a SMTT se comprometeu em devolver os veículos apreendidos na manhã de hoje, no entanto, foram surpreendidos com a informação de que, para serem liberados, os proprietários deverão pagar multa no valor de R$ 600. A princípio, a multa seria de R$ 2 mil, mas teve uma redução após negociação com o prefeito de Maceió, Cícero Almeida. O superintendente da SMTT, Ronilson França, afirmou que só receberia uma comissão para conversar após o protesto ser encerrado e a pista desobstruída.
Com a proposta de França, cinco representantes da categoria participaram de uma reunião. Mas, depois do encontro, por volta das 14h30, como o valor da multa foi mantido, a via, que havia sido liberada, voltou a ser bloqueada. Militares do Bope e do Batalhão de Trânsito estiveram no local.
Após uma conversa, os mototaxistas decidiram liberar a avenida e seguiram para o bairro do Centro, onde devem realizar um novo protesto.
Apreensões
A SMTT realizou na manhã desta segunda-feira (27) algumas operações em vários pontos da cidade e apreendeu 30 motos, que foram recolhidas e multas foram aplicadas, o que revoltou ainda mais os profissionais.
Além de pedirem a liberação das motos apreendidas e o cancelamento das multas, os mototaxistas pedem que a prefeitura se posicione sobre o caso, regulamentando a categoria que vem crescendo em atuação na capital, mas ainda de forma irregular no transporte de passageiros.
Para regulamentar a profissão e disciplinar os mototaxistas, segue em discussão na Câmara de Maceió um projeto de autoria da vereadora Fátima Santiago (PP). De acordo com a parlamentar, com a regulamentação, os mototaxistas começam a seguir regras e passam a recolher impostos ao erário, assim como acontece com os 3 mil taxistas que atuam na capital alagoana.
A luta para que a profissão seja regulamentada já ocorre há dois anos.
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