“Silvano Barbosa se coloca em situação de risco”. Assim se pronunciou o presidente do Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg), Paulo Brêda, que na tarde da última segunda-feira, revogou oficialmente o direito de segurança policial concedida ao conselheiro tutelar e líder comunitário do Benedito Bentes, Silvano Barbosa.
Diferente do que foi divulgado, o direito de segurança policial concedido ao líder comunitário Silvano Barbosa, já havia sido revogado em novembro de 2011, quando uma comissão do conselho julgou improcedente a manutenção de segurança prefeito comunitário do Benedito Bentes.
Desde então, Silvano Barbosa segue sem os seis seguranças que faziam sua escolta diariamente. Antes mesmo de perder o direito da segurança, Barbosa já tentara um novo processo, onde tentou a manutenção dos serviços prestados pelo Estado, o que não foi atendido.
Mas, esse pedido feito em paralelo foi julgado separadamente, sendo definido apenas nesta segunda-feira, quando foi confirmado oficialmente o cancelamento da segurança de policiais ao líder comunitário.
Paulo Brêda esclareceu a situação e mostrou tranquilidade quanto às críticas de Barbosa. “Uma das regras do Conselho de Segurança, que concede este serviço, é que a pessoa protegida seja discreta em suas atividades, o que não acontecia com o Silvano. Ele se colocava em situação de risco”, disse.
Brêda ainda afirmou, que o prefeito comunitário não utilizava de forma inteligente os serviços de segurança policial. “Nós reconhecemos os serviços prestados por ele (Silvano) à sociedade, mas ele não pode se utilizar da segurança para atacar os traficantes. Ele precisa combater o crime, denunciando à polícia, ao Ministério Público e não a imprensa, se expondo. Quem tem de bater de frente é a polícia, que tem atribuições para isso”, disse.
Em declarações iniciais, assim que soube da decisão do conselho, Silvano Barbosa afirmou que se morrer, a culpa será do Estado. Nesta manhã, o CadaMinuto buscou contato com o líder comunitário, mas ele se encontrava incomunicável.