A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse nesta segunda-feira que tomará as decisões necessárias para que a "justiça seja feita" após o acidente de trem que chocou o país na quarta-feira passada. Na primeira aparição pública cinco dias depois da tragédia, Cristina pediu rapidez às investigações que apontarão os responsáveis. O acidente aconteceu na manhã de quarta-feira quando um trem vindo da localidade de Moreno não conseguiu frear e se chocou contra uma plataforma da estação de Once, uma das três mais importantes e movimentadas de Buenos Aires. No trem, composto por oito vagões, viajavam cerca de 1,5 mil passageiros. Pelo menos 51 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas.

"Peço encarecidamente à Justiça que as perícias para determinar os responsáveis diretos e indiretos não durem mais de 15 dias", afirmou. "Os 40 milhões de argentinos e as vítimas necessitam saber o que houve e quem foram os responsáveis", acrescentou a presidente durante o ato pelo Dia da Bandeira, realizado em Rosário, na província de Santa Fé.

Após falar mais de 10 minutos sobre Manuel Belgrano, Malvinas e os ex-combatentes da Guerra de 1982, Cristina Kirchner fez referência ao acidente e a Lucas Menghini Rey, último dos 51 mortos a ser resgatado das ferragens do trem. "Temos que voltar a ter um sistema ferroviário", iniciou ela, antes de falar sobre o sofrimento dos familiares. "A morte é terrível. Eu sei o que é a morte e sei o que é a dor", adiantou, tentando confortar aqueles que perderam alguém no acidente.

Com informações dos jornais Clarín e La Nación