Levantamento divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o Brasil passou da condição de recebedor, no passado, para doador de recursos a fundo perdido, em ajudas internacionais. O país gastou R$ 3,2 bilhões em desenvolvimento internacional ao longo de 2005 a 2009.

'O propósito da verba é contribuir para o desenvolvimento internacional, entendido como a melhoria de condições socioeconômicas de grupos ou populações', diz o estudo. O Ipea identificou que 23,5% do total (R$ 755,8 milhões) foi para a cooperação técnica e ajuda humanitária. Os demais 76,5%, ou R$ 2,46 bilhões, foram gastos como contribuição a organismos multilaterais.

Do dinheiro destinado a esses organismos, R$ 1,53 bilhão foi para organismos como a Organização Mundial da Saúde (OMS). Outros R$ 929,7 milhões entraram em fundos de desenvolvimento, como o a Associação Internacional de Desenvolvimento do Banco Mundial e o Fundo de Operações Especiais do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O estudo concluiu que 'os bancos multilaterais apresentam, em média, desempenho superior que as instituições bilaterais em termos de eficiência. Eles oferecem ajuda mais focada e menos fragmentada, diminuindo custos que podem onerar os processos de desenvolvimento esperados.'