Sete escolas de samba desfilam neste sábado pelo Grupo Especial de São Paulo, das 14 que disputam o título de campeã do Carnaval. Na primeira noite do Carnaval, outras sete já desfilaram. As apresentações acontecem no sambódromo do Anhembi, e começam às 22h30.

A Dragões da Real abre os desfiles da noite e quer emocionar o público homenageando todas as mães.

Uma das grandes apostas do carnavalesco Eduardo Caetano é o abre-alas, representando uma indústria orgânica onde um grande ventre emite energia para os casulos que dão a vida a todos os seres do planeta.

Logo depois vem o desfile da Pérola Negra, que vai falar sobre a cidade de Itanhaém, no litoral de São Paulo.

O enredo apresenta histórias de personagens importantes para a cidade e relembra o significado do nome do município --Itanhaém pode ser traduzido por "pedra que canta", em tupi-guarani.

A Mocidade Alegre é a terceira a desfilar neste sábado e vai usar a obra de Jorge Amado para tratar de temas como a escravidão e a cultura afro-brasileira.

"A Mocidade traz um enredo cultural, sobre as nossas raízes, uma adaptação livre da obra de Jorge Amado", afirma o carnavalesco Sidnei França.

Em seguida é a vez de Águia de Ouro se apresentar, com um desfile que promete ser bem alegre e colorido que fala sobre a Tropicália.

Um dos destaques da escola é José Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha, falecido em 1988. "O Chacrinha foi o eterno padrinho da Tropicália, e o desfile é encerrado com o carro 'Navilouca', mostrando Caetano Veloso e Gilberto Gil voltando do exílio. E quem está lá para recebê-los de braços abertos? O Chacrinha", resume o carnavalesco Cláudio Cavalcante, o Cebola.

Unidos da Vila Maria é a quinta escola a passar pela avenida e vai fazer uma homenagem às mãos.

O tema surgiu justamente quando o carnavalesco da escola, Chico Spinosa, precisou operar uma de suas mãos e percebeu o quanto elas eram fundamentais à vida. "Estamos com as mãos na taça, se nenhuma mão boba não roubá-la de nós, podemos levar", disse.

Com um enredo sobre o ex-presidente Lula, a Gaviões da Fiel é a sexta a desfilar. Para apresentar o enredo, a escola optou por usar o cordel.

"A ideia era falar de um corintiano ilustre que fosse carismático tanto pra nação corintiana quanto para o povo brasileiro. Vamos mostrar a história dele como a de qualquer cidadão desse país. A gente fala de alimento, emprego e moradia, o sonho de Lula e de todo o país", diz o carnavalesco Igor Carneiro.

Tom Maior encerra os desfiles do Grupo Especial e leva para o Anhembi uma apresentação sobre a paz. Morto em 2011, o ex-presidente da escola, Marko Antonio da Silva foi o idealizador do enredo e é o grande homenageado.

"A humanidade se perdeu do caminho de paz, por causa da inveja, da ganância, da corrupção, e estamos invocando os seres celestiais para redirecionem a humanidade para este caminho", diz o carnavalesco Marco Aurélio Ruffinn.