A realização de parcerias para melhorar os conhecimentos sobre os biomas e ecossistemas do estado, essa é uma das preocupações que tem aproximado as equipes do Instituto do Meio Ambiente com as de outros órgãos do estado. Essa semana, funcionários da Companhia de Abastecimento e Saneamento de Alagoas (Casal) participaram de uma aula a bordo do barco-escola, onde puderam conhecer aspectos ambientais e sócio-culturais do Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú-Manguaba.

O barco-escola faz parte do projeto Navegando com o Meio Ambiente. Nele os técnicos do IMA explicam os potenciais ecológicos, econômicos e sócio-culturais da região, e falam sobre a importância da preservação. Lançado em 2010, é voltado para estudantes, professores, organizações sociais, federações, instituições governamentais e grupos que se interessem em conhecer melhor as belezas, a vulnerabilidade e os impactos sobre o CELMM.

Os 40 funcionários da Casal participaram no dia 16, depois que Rejane Mércia Medeiros, assessora de marketing e relações institucionais da Companhia, soube do projeto. “Esse trabalho de educação e conscientização ambiental é extremamente importante. Eu tomei conhecimento depois que o órgão levou seus próprios funcionários para conhecer as belezas e os problemas enfrentados pela região”, comenta.

Ela disse ainda que “essa oportunidade enriquecedora, além de acrescentar conhecimento, vai fortalecer o projeto ‘Consciência sua, atitude nossa’ que estamos implantando nas nove unidades da companhia”.

Durante a aula, são apresentadas duas áreas em situações distintas de conservação ambiental. Elas são analisadas durante todo o trajeto e a diferença surpreende o público. A primeira encontra-se em ótimo estado de conservação ambiental e está compreendida da desembocadura do Rio dos Remédios até o canal principal da lagoa Mundaú. Já a segunda área, entre o Dique Estrada e a Virgem dos Pobres, está atropizada - tem suas características originais de solo, vegetação, relevo e regime hídrico, de alguma maneira, alterados por conseqüência da ocupação humana.

O diretor-presidente da Casal, Álvaro Menezes, ressaltou que irá solicitar o agendamento de mais aulas para os funcionários do interior. “Às vezes nós vamos buscar conhecimento, experiência, exemplos de projetos e ações tão longe; vamos a outros estados, países e esquecemos de olhar ao nosso redor. Essa atividade de transmissão de informação in loco é de extrema importância. Acredito que muitos aqui não conheciam as potencialidades e fragilidades do complexo desta maneira”, disse.

Ele afirmou ainda que no Bairro Pontal da Barra, em Maceió, há uma estação de tratamento de esgoto desativada, mas que irá entrar em operação ainda este ano. Com isso, espera-se melhorar a destinação e o tratamento adequado dos efluentes gerados pela comunidade, diminuindo casos de despejo direto no CELMM.