Os efeitos financeiros do Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos servidores da Assembleia Legislativa (ALE) foram aplicados no mês passado, mas ainda há questionamentos por parte dos trabalhadores da Casa. O setor administrativo da Assembleia deixou de implantar o tempo de serviço dos servidores. De acordo com o presidente da Associação dos Servidores da Assembleia Legislativa (Assala), Eduardo Fernandes, o fato tem causado insatisfação.
De acordo com Eduardo Fernandes, quase 200 servidores já entraram em contato com a entidade para pedir apoio. “Procuramos o presidente da Assembleia, deputado Fernando Toledo (PSDB), para tratar do assunto, mas até agora não conseguimos. Vamos aguardar o início do ano legislativo, que começa na quarta-feira da próxima semana, para conversarmos”, promete.
A não implantação do tempo de serviço gera prejuízo financeiro, pois a cada cinco anos o servidor recebe um incremento salatial de 5% e com a falha identificada no PCC esse benefício não pode ser pago. “Também há uma outra questão, referente a titulação de alguns servidores, que também não foram considerados”, acrescenta Eduardo Fernandes. “Mas nesse caso, iremos estudar cada caso para saber o que pode ser feito”, complementa o sindicalista.
Apesar do desejo do presidente da Assala em conversar com a Mesa Diretora da ALE para resolver a questão do tempo de serviço, caso não obtenha êxito, Eduardo Fernandes adianta que irá orientar os servidores a entrarem, inicialmente, com processos administrativos. Se, mesmo assim, o problema não for resolvido, ele não enxerga outro caminho, que não o judicial.
As atividades plenárias da Assembleia começam na quarta-feira da próxima semana, dia 15, devolvendo, assim, a normalidade administrativa da Casa.