Geeks da Campus Party dão conselhos para o Facebook faturar

09/02/2012 05:52 - Internet
Por Redação
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Mark Zuckerberg tem um grande desafio pela frente com a oferta pública de ações (IPO, em inglês) do Facebook, prevista para maio. Com uma rede social com 845 milhões de usuários, o criador do site precisa olhar tanto para os usuários, que querem melhorias para usar melhor o serviço, quanto para anunciantes, que são responsáveis por 82% da receita do Facebook. O G1 conversou com participantes da Campus Party, evento de tecnologia que ocorre em São Paulo até o domingo (12), para ouvir os "conselhos" que eles dão ao Facebook e seu fundador.‘Facebook está virando o Orkut’
“Acho que o Facebook está bom, mas eles podiam bloquear coisas que lembram o Orkut, como as correntes”, lamenta Juliana Miranda, 23 anos, de Dourados (MS). “Estas correntes eram comuns lá e agora chegaram no Facebook e não está legal”.

Ela sugere para que Mark Zuckerberg crie um meio de impedir a propagação destas correntes, já que muitas que levam para promoções falsas. “Seria bom evitar a ‘Orkutização’ do Facebook”, afirma.

De resto, ela acha a rede social "muito legal" e aponta os compartilhamento entre usuários como o que há de mais legal no site. O sucesso do Facebook em todo o mundo é motivo mais do que óbvio para Juliana, caso pudesse, comprar algumas ações da empresa. “Eu ficaria muito rica”, brinca.

'Desista da Timeline'
“Eu diria para ele [Zuckerberg] desistir da Timeline. Não gosto”, diz Gabriela Santana, 20 anos, de Guaratinguetá (SP), sobre o recurso que passou a ser obrigatório a todos os usuários. “Acho que com essa mudança o conteúdo do Facebook ficou mais disperso. Fica um assunto de cada lado em vez de linha reta, acaba disfocando um pouco."

A jovem afirma que não consegue mais acessar as informações dos amigos como antes. “A diferença [mudança para a Timeline] foi brutal”.

Ela também recomenda que a rede social melhore a estrutura do chat, que cai muitas vezes no meio de uma conversa. “Há muita interferência na linha das mensagens, elas aparecem com um tempo diferente”, explica.

A oportunidade de se manter conectado com os amigos é o que mais atrai Gabriela ao Facebook. “Estudo em outra cidade e consigo me manter próxima dos meus amigos pelo site. Posso manter contato mesmo estando longe”.

Chega de esconder
Para o estudante Fernando Damião, de 19 anos, de São José dos Campos (SP), o grande problema do Facebook está na interface. “Ele é bem rentável, porque tem muita propaganda e ela é direcionada ao usuário. Mas para que o usuário aproveite mais, é preciso estabilizar esta interface”.

Ele conta que diria para Mark Zuckerberg parar com as atualizações frequentes e escondidas da rede social. “Cada dia tem algo novo que aparece ou outra coisa que some, ficamos perdidos com isso”. Há outros elementos muito escondidos, segundo ele. “Falta mais transparência e há dificuldade na configuração", afirma.

Damião diz que mudaria o perfil. “A Timeline estragou um pouco o compartilhamento de conteúdo para amigos. Não sei mais o que eles curtem. Eu mudaria essa área se pudesse."

Ele acredita que, com o IPO, o Facebook terá muita rentabilidade e diz que compraria ações, caso pudesse. “Quando o valor das ações começar a cair, eu vendo”, brinca.

‘Mais cores no perfil’
O Facebook e seu design mais clean, com o fundo branco, não é tão agradável para um campuseiro. “[O Zuckerberg] deveria colocar um pano de fundo mais colorido, ou permitir que os usuários possam configurar sua página principal como desejam”. Este é o conselho de Gláucio Fontes, de 18 anos, que mora em Manaus.

Ele acredita que no Facebook há muitos usuários que gostariam de mostrar o seu estilo e nada melhor do que fazer isso por meio da página de perfil. “Zuckerberg poderia colocar algumas opções de fundo ou o usuário mesmo poderia criar a sua. Seria algo parecido com o que existe no Orkut”.

Sobre as ações, Fontes não tem dúvidas: “Compraria ações para ter muito dinheiro”. Com essas mudanças, ele acredita que o Facebook faturaria mais.

Reduza poluição visual’
Uma série de anúncios, de aplicativos de jogos, de compartilhamento de usuários sobre games e outros elementos que aparecem na página do usuário sem o seu consentimento é o que mais incomoda Felipe Koppklasen, 21 anos, de Jaraguá do Sul (SC). “Há muita informação em um espaço muito pequeno”. Ele acredita que resolver este problema melhoraria bastante o uso do Facebook e poderia atrair mais usuários.

De resto, ele gosta do Facebook. “Uso muito para bate-papo, o que já é muito bom. Outros recursos uso muito pouco. Sobre ações, ele não tem dúvidas. “Eu aproveitaria que as ações do Facebook estão em alta e compraria”, afirma, antecipando-se ao próprio lançamento dos papéis da rede social, que ainda aguarda autorização para estrear na bolsa de NY.

Continue assim, com seu jeito clean’
Cristiano Medeiros Dalbem, 21 anos, de Porto Alegre, discorda de Felipe. Para ele, o Facebook não precisa de mudanças visuais. “Espero que ele continue assim, com este jeito ‘clean’ que está muito bom”, disse.

Ele afirma gostar da rede justamente porque não há muitos anúncios e que o site “tem um visual Google”. “Há sites grandes que começam a se vender e se perdem. O Facebook tem uma filosofia própria quanto a isso e espero que se mantenha”.

Dalbem quer que as novidades na rede que “ocorrem sem aviso prévio” continuem. “Isso é muito legal, quanto menos se espera há algo novo”. Ele diz que compraria ações da rede social, mesmo sendo avesso ao que é muito popular. “O Facebook está na boca do povo e uso muito. Todo o tipo de gente usa o site de diferentes meios. Ainda tem muito futuro”.


Serviço
O que é? Campus Party Brasil 2012
Onde? Anhembi Parque – Av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana, São Paulo
Quando? De 6 a 12 de fevereiro de 2012
Quanto? As vagas para participar do evento e acampar estão esgotadas. Entrada para o pavilhão de exposições é gratuita.

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