Campuseiros criam computadores com papelão e personagens de filme

09/02/2012 06:02 - Internet
Por Redação
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A área destinada ao “casemod”, na Campus Party, sempre chama a atenção dos participantes. O termo vem do inglês e quer dizer modificação de gabinete de computador (“case”, gabinete, e “mod”, modificação).

Na edição de 2012, os campuseiros buscaram inspiração em filmes, programas e games favoritos para construir os computadores do zero. Confira algumas das peças mais criativas do evento, que acontece no Anhembi, em São Paulo, até domingo (12).

Coringa
O vilão número 1 do Batman foi escolhido por Maciel Barreto, de 35 anos, para decorar o seu gabinete. Ele trabalha com modelagem 3D e design gráfico em Itajuipe (BA). Por isso, desenhar a peça não foi difícil. “Fiz todo o boneco à mão e sozinho. Só tive a ajuda da minha mulher para costurar a roupa”, conta Barreto, que é fã do game “Arkham City”.

Ele levou três meses para criar o computador, que tem refrigeração a água. Outro detalhe é que o botão de ligar fica na flor que enfeita a roupa do Coringa. Barreto usou fibra de vidro como material para construir o boneco. Ele já foi campeão mundial de “casemod” em 2009 e esta é a sexta vez que participa da Campus Party.

Homem de Ferro
Um computador do tamanho de uma pessoa é visto de longe na Campus Party. O robô do Homem de Ferro foi construído por Alexandre Ferreira de Souza, de 38 anos, como resposta a uma crítica que ele recebeu na Campus Party de 2010. “Naquela edição, apresentei um dragão, mas me falaram que ele era pobre. Por isso, quis fazer algo melhor”, disse.

Faz dois anos que Souza planeja o robô. “Levei dois anos para pagá-lo, pois não tive patrocínio. Mas consegui finalizá-lo em 10 meses”, conta. Ao todo, ele gastou R$ 5 mil apenas na eletrônica e na confecção. O hardware foi emprestado de última hora. “O robô ficou pronto na segunda-feira. Eu cheguei na Campus Party às 3h de terça (7)”.

Ao passar pelo evento, é comum ver Souza cercado por pessoas curiosas para saber mais sobre o robô. “Essa é a parte mais legal, ver a resposta das pessoas. Hoje, tinha tanta gente olhando o robô que parecia que eu estava dando uma palestra”, conta.

O primeiro “casemod” feito por Souza foi em 2002, quando ele construiu a cabeça de um dragão. Para fazer o robô, ele pegou um projeto na internet e imprimiu em papel cartão. “Depois, cortei e colei todas as peças. Ao todo, foram 153 folhas para fazer apenas a base. Para finalizar, eu laminei com fibra de vidro”.

Simpson
Fã de Simpson, Everton Barbosa Filho, de 21 anos, usou uma prateleira de madeira do pai para construir o seu gabinete para a Campus Party. Ele gastou, ao todo, R$ 300, pois teve a ajuda do pai, que também é fã da série.

“O maior gasto foi com o pintor, que acabou quebrando uma das partes do gabinete. No final, tivemos que refazer. Por isso, o computador ficou pronto apenas no domingo”, conta Everton, que é estudante de design gráfico. Por ter usado a prateleira do pai, colocou o termo “paitrocínio” como homenagem, na parte de cima da máquina.

Papelão
Diferente dos outros campuseiros, Ramon Vitor Quintino, de 20 anos, optou por um material barato para confeccionar o seu gabinete. Com algumas caixas de papelão encontradas em casa, o estudante de engenharia de Arapiraca (AL) construiu a sua máquina do zero.

Segundo Quintino, o computador não tem risco de queimar. “Eu queria trazer algo diferente para o evento. Em menos de duas semanas, conseguiu criar o computador sozinho”, conta. O custo total da máquina variou de R$ 1,2 mil a R$ 1,5 mil. Quintino pretende usar o computador em casa e aposentar o gabinete que construiu para a edição da Campus Party de 2010.

The Godfather
Omar Majzoub, de 24 anos, usou o filme “O Poderoso Chefão” para criar o seu computador. Na edição de 2011, o gabinete de Majzoub tinha o boneco Chucky como tema, mas, segundo ele, muita gente não reconheceu o personagem.

Para criar a máquina, o estudante de Embu das Artes (SP) partiu da única peça que tinha para o gabinete, o carro. Foram nove meses de trabalho para construir o computador. Como Majzoub teve patrocínio, ele tirou do bolso cerca de R$ 1,5 mil. Ao todo, a máquina teve um custo geral de R$ 8 mil, sem a mão de obra.

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