Jangadeiros divergem sobre fechamento de piscinas naturais

08/02/2012 07:16 - Maceió
Por Redação
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Uma operação do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), irá deixar sem funcionamento durante esta quarta-feira (8) as famosas piscinas naturais na orla marítima da Pajuçara, em Maceió. O motivo é a instalação de cordas e colocação de bóias de sinalização das jangadas. A medida do instituto divide os jangadeiros, que divergem sobre os pontos positivos e negativos da decisão.

A paralisação será apenas nesta quarta-feira, e tem como principal atividade a instalação de cordas para segurar as jangadas, não permitindo que as âncoras destruam os corais e a colocação de baias para delimitar o espaço dos profissionais.

Mas, há quem concorde e discorde da posição do IMA. O jangadeiro Jair da Silva, 78 anos e quase 50 trabalhando nas piscinas naturais, vê com bons olhos a decisão. “É o nosso ganha pão. Lógico que um dia perdido nessa época do ano é ruim, mas se for para o bem das piscinas naturais, dos barqueiros e dos turistas, que seja feito esse serviço e que cada uma faça a sua parte para que não haja mais problemas”, disse.

Por outro lado, existem profissionais que se sentem prejudicados com a paralisação dos serviços, mesmo que por um dia. “Não concordo com essa paralisação. Se tiver de ser feito o serviço, cheguem mais cedo, agilizem, mas para os trabalhos na alta estação não pode. Um monte de gente já passou aqui querendo visitar as piscinas naturais e não podem”, disse Antônio Carlos de 42 anos.

De acordo com Adriano Augusto de Araújo Jorge, diretor-presidente do IMA, a instalação das boias é para impedir que o meio ambiente seja danificado. “Sempre fazemos isso, inclusive os jangadeiros foram avisados. Precisamos ter cuidado e delimitar a área que os turistas e as embarcações devem ficar para que os corais não sejam danificados”, afirmou.

Adriano disse ainda que conta com a colaboração dos jangadeiros. “Eles também estão nos ajudando a colocar as boias. Só hoje que o passeio das piscinas fica interditado para que possamos dar continuidade aos trabalhos”.

Segundo informações colhidas pelo CadaMinuto, cerca de 200 jangadas estão em atividade na orla marítima e nas piscinas naturais. De uma só vez, em torno de 60 jangadas ficam ao mesmo tempo nas piscinas, o que é um risco ao meio ambiente, principalmente por conta dos corais.
 

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