"Vilela é conivente com a homofobia", diz presidente do PT

03/02/2012 02:40 - Política
Por Redação
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A divulgação de que Maceió é a cidade brasileira onde há o maior número de homossexuais pré-candidatos às eleições deste ano, com sete representantes já reflete a mudança nas regras de filiação que vêm sendo adotadas por muitos partidos. Dados da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (ABGLT) mostram que o país contabiliza uma relação de 76 pré-candidatos. A maioria é gay, com 43 representantes.

Aparecem na lista 17 travestis, 8 lésbicas, 6 transsexuais, um bissexual e uma drag queen. 21 unidades da federação possuem integrantes do movimento LGBT dispostos a pleitear cargos públicos este ano. A maioria está nos Estados de Minas Gerais, que tem 12 pré-candidatos, seguido de São Paulo, com 11. No Rio de Janeiro, são dois.

O Partido dos Trabalhadores (PT) aparece no levantamento com a maior concentração de candidatos. São cerca de 20 políticos. Já o PSB tem 12, o PCdoB tem oito e o PSDB e o PV têm seis cada um.

Segundo Joaquim Brito, presidente estadual do PT, essas filiações se intensificaram após a realização de um congresso do partido, em setembro. Ele afirmou que foi aprovada a paridade de gêneros dos filiados, além das cotas para jovens e representantes das minorias.

“A igualdade não tem preço, é assim que o PT trata as pessoas. 50% das vagas no partido devem ser ocupadas por homens e 50% por mulheres. 20% das filiações são direcionadas a jovens de até 30 anos e 20% para representantes de diversas etnias. Não existe diferença de tratamento entre homossexuais e heteros. Temos que respeitar a forma de amar de cada um”, destacou.

Crimes

Ele questionou o número de assassinatos contra homossexuais, que continuam sem solução no Estado, lembrando o caso do estudante Fábio Acioly, que foi assassinado há dois anos, de forma brutal. Brito disse que a partir da mudança estatutária do PT, os homossexuais terão o mínimo de representação na política.

“O governador Teotônio Vilela é conivente com a homofobia, por permitir que os 30assassinatos contra gays ocorridos nos últimos dois anos continuem sem solução. Não tem um bandido preso. É uma questão emblemática. Na época da morte do estudante, disseram que ele era homossexual e o governador não teve coragem até hoje de revelar o nome dos mandantes”, lamentou 

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