Legisladores americanos pediram nesta quinta-feira que sejam realizadas audiências no Congresso para tratar do tema dos abusos "institucionais" no exército que provocam suicídios de soldados. A congressista Judy Chu disse em coletiva de imprensa que "os mais altos oficiais militares devem fazer da eliminação dos abusos uma prioridade".

Chu, cujo sobrinho, membro do corpo dos fuzileiros navais, o soldado Harry Lew, suicidou-se no Afeganistão no ano passado cerca de 20 minutos depois de ter sido submetido a abusos graves por parte de seus companheiros de força, disse que "já chega" ao pedir audiência sobre o que os comandos castrenses estão fazendo, para deter estas práticas.

Ressaltou que os hierarcas dos comandos devem "parar de fingir que não há problema algum" e que o Secretário de Defesa, Leon Panetta, deve se envolver.

Nesse sentido, Chu disse que junto a colegas solicitaram que Panetta discutisse o tema, mas o chefe do Pentágono ainda não respondeu.

Uma investigação interna dos fuzileiros navais determinou que Lew se suicidou depois que seus companheiros de infantaria lhe submeteram a práticas abusivas que incluíram encher a boca dele de areia e dar pontapés e socos.

Em 2010, 156 soldados americanos se suicidaram em serviço, quatro a menos que em 2009. Em 2008, a cifra foi de 140 uniformizados. No momento, não se sabem os dados de 2011.