Donos do navio devem apresentar plano para remoção em março

03/02/2012 02:36 - Brasil/Mundo
Por Redação

A empresa proprietária do navio Costa Concordia, que naufragou no mês passado na costa italiana, disse na quinta-feira que pretende anunciar até o final de março os planos para a remoção dos destroços.

A Costa Cruzeiros, subsidiária da empresa Carnival Corp., maior companhia mundial do setor de cruzeiros, disse em nota que convidou dez importantes empresas de resgate para participarem da concorrência para o trabalho.

A companhia disse que pretende selecionar a empresa vencedora até o final de março, mas que operações dessa complexidade sempre estão sujeitas a atrasos.

O Concordia, de 290 metros, virou e encalhou em 13 de janeiro perto da ilha de Giglio, na costa da Toscana, depois de atingir uma rocha que rasgou seu casco. O acidente deixou pelo menos 17 mortos e 15 desaparecidos.

As autoridades estimam que a operação de remoção do naufrágio pode levar sete a dez meses depois que os preparativos estiverem concluídos, o que significa que a enorme embarcação continuará no local pelo menos até o final do ano.

O capitão do navio, Francesco Schettino, vem sendo apontado como responsável pelo acidente, por ter se aproximado demais da costa a fim de saudar os moradores da ilha.

Ele está sob prisão domiciliar e pode ser processado por homicídio múltiplo e por ter abandonado o navio antes que estivesse concluída a retirada de todos os 4.200 passageiros e tripulantes.

A Costa, que também atribui o naufrágio a Schettino, enfrenta diversas ações individuais e coletivas iniciadas por passageiros e tripulantes.

Em Giglio, onde o Concordia está semissubmerso a poucos metros da orla, as buscas por corpos e sobreviventes já foram abandonadas, e os técnicos agora se preparam para recolher mais de 2.300 toneladas de óleo diesel que estão nos tanques e correm o risco de causar um desastre ambiental em caso de vazamento.

Naufrágio do Costa Concordia
O cruzeiro Costa Concordia naufragou na sexta-feira, dia 13 de janeiro, após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana. Mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo. Até sábado, dia 28, 17 mortes haviam sido confirmadas. Ainda há desaparecidos, e prosseguem os trabalhos de busca, mas apenas na parte da embarcação que não está submersa. O Itamaraty informou que 57 brasileiros estavam a bordo do navio, mas nenhum deles está entre as pessoas não encontradas.

O navio, que tem 290 metros de comprimento e 114,5 mil toneladas, margeava a ilha de Giglio quando houve a colisão. Houve pânico e reclamações de despreparo da tripulação. O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi acusado de ter abandonado o navio. Ele disse que estava no comando, mas um áudio divulgado para a imprensa, em que há uma discussão entre ele e a Guarda Costeira, indica que o capitão já estava na costa no momento do resgate.
 

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