O número de mortos pelo incêndio ocorrido no sábado em um centro de reabilitação para alcoólicos e dependentes químicos em Lima subiram nesta quarta-feira para 28, após uma vítima não resistir aos ferimentos em um hospital da capital peruana.

A última vítima foi identificada como Mario Gavino Lozano, de 31 anos, que morreu após apresentar danos cerebrais pela inalação de gases tóxicos, segundo informou o diretor do hospital onde ele estava internado, Luis Valle Valverde.

O médico declarou à emissora "Rádio Programas del Perú" ("RPP") que continua internado Anderson Flores Pistil, de 22 anos, que apresenta insuficiência respiratória e tem 30% do corpo com queimaduras.

Pelos testemunhos dos sobreviventes, o incêndio começou quando um grupo de internos do primeiro pavimento do prédio tentou fugir e ateou fogo a roupas e lençóis, mas as chamas acabaram se propagando.

O comandante geral dos bombeiros, Antonio Zavala, confirmou que 22 pessoas morreram asfixiadas no local e as outras no hospital. Segundo ele, bombeiros e um policial sofreram ferimentos durante o atendimento da emergência.

Vizinhos contaram que ao menos 60 pessoas estavam internadas na clínica. Informações indicam que em duas ocasiões a instituição foi fechada por falta autorização para funcionar.

A Justiça local determinou nesta quarta-feira que os administradores da clínica, identificados como Raúl García Albornoz e Julio Matías Torres, sejam transferidos à prisão da cidade de Huacho, no norte de Lima, enquanto se realizam as investigações.