Sobreviventes de naufrágio entram com ação milionária contra empresa

28/01/2012 08:10 - Brasil/Mundo
Por Redação

Seis sobreviventes do cruzeiro italiano Costa Concordia, que naufragou em 13 de janeiro passado em frente à Ilha de Giglio, apresentaram nesta sexta-feira uma ação em Miami contra a Carnival Corporation e sua filial Costa Cruise Lines pedindo uma indenização de ao menos US$ 460 milhões. O advogado dos demandantes, Marc Bern, disse à AFP que a ação foi apresentada em um tribunal de Miami, cidade do sudeste dos Estados Unidos onde está a sede Carnival Corporation, a maior empresa de cruzeiros do mundo.

Os sobreviventes que decidiram entrar com esta ação legal têm suas residências na Flórida, Nova York e dois deles são da Itália. A ação indica que a Carnival Corporation e Costa Cruise Lines incorreram em negligência marítima quando o barco com 4.229 pessoas naufragou ao se chocar com algumas rochas em uma região que não estava na rota oficial da embarcação. Por conta da angústia sofrida, este grupo de demandantes pede uma compensação econômica de US$ 10 milhões de dólares em nome dos seis passageiros e 450 milhões de dólares por danos. Até o momento, os representantes da Carvinal nos Estados Unidos não responderam às ligações da AFP.

Uma associação italiana de consumidores anunciou nesta sexta-feira que os sobreviventes do cruzeiro "Costa Concordia" receberão cada um uma indenização de cerca de 14.000 dólares (11.000 euros mais os gastos). "O acordo envolve cerca de 3.000 passageiros de 60 países, entre eles 900 italianos. Estimamos que 85% deles vão aderir ao acordo", disse um comunicado da ADOC, uma organização italiana de consumidores integrada pelo "Comitê de Náufragos do Concórdia", negociador do acordo com a empresa Costa Crociere. Até agora, nove dos 16 cadáveres encontrados foram formalmente identificados e prosseguem as buscas por 16 desaparecidos.

Naufrágio do Costa Concordia
O cruzeiro Costa Concordia naufragou na sexta-feira, dia 13 de janeiro, após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana. Mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo. Até terça, dia 24, 16 mortes haviam sido confirmadas. Ainda há desaparecidos, e prosseguem os trabalhos de busca. O Itamaraty informou que 57 brasileiros estavam a bordo do navio, mas nenhum deles está entre as pessoas não encontradas.

O navio, que tem 290 metros de comprimento e 114,5 mil toneladas, margeava a ilha de Giglio quando houve a colisão. Houve pânico e reclamações de despreparo da tripulação. O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi acusado de ter abandonado o navio. Ele disse que estava no comando, mas um áudio divulgado para a imprensa, em que há uma discussão entre ele e a Guarda Costeira, indica que o capitão já estava na costa no momento do resgate.

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