FMI reduz estimativa de crescimento mundial e prevê recessão em 2012

24/01/2012 20:52 - Negócios
Por Redação

Em relatório divulgado nesta terça-feira, o FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu as estimativas de crescimento da economia mundial, prevendo uma expansão global de 3,25% neste ano --uma redução dos 4% estimados no último comunicado, em setembro. O organismo indica ainda que deve aumentar a recessão na zona do euro e que a crise pode se agravar. O Brasil também será afetado e deve crescer 3%.

De acordo com o relatório, as economias da zona do euro devem encolher 0,5% em 2012. Em setembro, o órgão previa um crescimento de 1,1% na região.

Embora o FMI acredite que a economia mundial sofrerá com a crise europeia, que pode se agravar, os impactos da recessão da zona do euro não devem ser sentidos fortemente nos Estados Unidos.

Além disso, o organismo internacional manifestou preocupação com os cortes orçamentários e planos de austeridade, medidas que podem diminuir o crescimento e abalar a confiança dos mercados.

Para a América Latina, a previsão de crescimento do FMI passou de 4% para 3,6% em 2012. O Fundo advertiu ainda que esse corte do crescimento mundial é bastante significativo, de 0,7 ponto percentual com relação às previsões de setembro, e que por isso todas as regiões devem ser afetadas.

Os problemas relativos à dívida e ao déficit público na Europa foram ressaltados pelo Fundo, mas ao mesmo tempo foi pedido que as medidas de austeridade não agravem a situação.

BRASIL

O Brasil teve seu crescimento reduzido em 0,6 ponto percentual pelo fundo, para 3%, e o do México foi cortado em apenas 0,1 ponto percentual, para 3,5%.

A projeção para os Estados Unidos se manteve sem alterações, com uma expansão prevista em 1,8%, mas a União Europeia entrará em recessão, com uma contração de 0,5% (queda de 1,6 ponto percentual).

A China crescerá em 2012 cerca de 0,8 ponto percentual a menos, a 8,2%, e o Japão deve crescer apenas 1,7% (-0,6 ponto percentual).

Já a Espanha deve apresentar uma contração de 1,7% em 2012 e uma queda de 0,3% em 2013. Já a Itália cairá 2,2% em 2012, segundo o Fundo.

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