A internet é boa, mas tem contra-indicações. Cuidado!

19/01/2012 18:50 - Geral
Por Redação
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Chega a ser espantosa a forma como as coisas, por mais banais e inúteis que sejam, podem ser transformadas na internet. É o caso do hit “Ai se eu te pego”, de Michel Teló, que inexplicavelmente virou um sucesso mundial.

Que os gringos, que não sabem o que diz a letra, limitando-se a repetirem as coreografias, divirtam-se com a música – se é que podemos chamar assim - mas é inaceitável ver aqui no Brasil, em todas as camadas sociais, inclusive na mais alta, as pessoas cantando uma letra e fazendo gestos que lembram uma tara erótica barata e vulgar, como se fosse a coisa mais educativa possível, invadindo todos os lares através das ondas de rádio, da TV e da internet, contagiando inclusive as crianças.

A internet é um fenômeno mundial que trouxe facilidade de comunicação, encurtamento das distâncias, praticidade em compras, estudos e pesquisas, mas também tem atuado como uma perigosa ferramenta de transformação do comportamento humano. As redes sociais, os sites de bate-papo e de mensagens instantâneas, substituíram os hábitos mais naturais de adultos, adolescentes e até das crianças, trazendo, muitas vezes, ligações perigosas que até já resultaram em golpes, seqüestros e até mortes, tudo isso, escondido por trás da grande máscara da virtualidade.

Na internet as informações se reproduzem com uma velocidade assustadora, sem nenhum compromisso com a veracidade, nem de quem cria, muito menos de quem as reproduz.

O fato é que elas se multiplicam, que o diga a “Luiza, que está no Canadá”, frase utilizada por um empresário referindo-se à sua filha que estaria no Canadá, que caiu na rede e foi se alastrando pelo Brasil inteiro, sem qualquer explicação lógica.

A verdade é que a culpa não é da internet, que depois da revolução industrial, podemos chamar de revolução tecnológica, mas do mau uso que se faz dela. Redes sociais como o Facebook, por exemplo, e que já tem 800 milhões de cadastrados pelo mundo, e que oferece excelentes oportunidades de trocas de experiências pessoais e profissionais, educacionais, de negócios, é utilizado por boa parte dos usuários para reproduzir asneiras e insanidades, ou futilidades como a estória da “Luiza”, pessoas que se prestam a acessar a rede para bisbilhotar dados e fotos alheias e, quase sempre, para postar mensagens (isoladas) inúteis, do tipo “kkkkkkkkkkkkkkkk”, “rsrsrsrsrsrsrsr”, “blz”, “flw” ou “houashouashouas” que, na verdade é a linguagem dos que não têm nada a dizer.

Mas tudo tem origem em cada uma das pessoas, na hora em que resolver acessar a internet, e que deveria fazer-se uma pergunta básica: O que eu quero na internet?

Eu já fiz várias experiências, entrando em diversas lan houses, e geralmente tem dez computadores de um lado, e dez computadores do outro, e no meio do corredor é fácil ter uma visão panorâmica de todos os monitores ligados, e uma constatação: se os usuários são meninos, estão conectados em jogos, se meninas, no Orkut e facebook.

Quando vemos usuários diferentes – raríssimas exceções – estão nos laboratórios de informática das faculdades ou escolas, onde os sites de redes sociais são bloqueados, ou em lan houses próximas à elas, quando estão fazendo pesquisas e trabalhos de última hora.

As pesquisas científicas são rápidas e obedecem aos comandos Ctrl-C + Ctrl-V, ou o popular “copiar e colar”. Em poucos minutos muitos trabalhos acadêmicos e escolares são realizados, afinal, os seus “autores” não podem perder mais tempo com pesquisa, pois têm mais o que fazer nas redes sociais.

O perigo pode morar ao lado, ou até mesmo dentro de casa. Pais “modernos” e muito ocupados com outros assuntos pessoais, equipam os quartos dos filhos com computadores e internet, de onde quase nunca saem, nem mesmo para socializarem-se com a família, ocupados com o acesso quase que permanente, em contato com relações, muitas vezes perigosas, quase sempre desconhecida ou até mesmo ignoradas pelos pais, horas a fio a vagarem pelos meandros obscuros da virtualidade que espreita a todos nós.

Cuidado: A internet é boa, muito útil, mas tem perigosas contra-indicações. É um perigo iminente.

 

Até outra.

 

PROGRAMA PAINEL CBN ALAGOAS - Sábado 21/01 - 8hs da manhã

Rádio CBN Maceió FM 104,5

 

Entrevista: O empresário Felipe Cavalcante, presidente da ADIT-Brasil conversa com Paulo Chancey sobre investimentos e empreendimentos imobiliários e turísticos no Brasil.

 

Direitos do consumidor: Marcelo Madeiro comenta sobre estacionamentos dos shoppings e supermercados

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