Um áudio entre Jadielson Barbosa e o pistoleiro Chapéu de Couro apresentado pela promotoria, através do Procurador da República, Rodrigo Tenório, mostrou um diálogo entre o acusado na morta de deputada, onde estaria contratando pistoleiros para assassinar Ceci Cunha.

Antes de apresentar o áudio, o procurador fez a narração para comprovar ligação com a ligação de Jadielson na Chacina da Gruta. No entanto, a defesa do acusado solicitou que o juiz do caso, André Granja, entregasse aos sete jurados a transcrição, considerando que o procurador havia lido dando entonações diferentes apenas nos trechos em que considerava importante para a acusação.

Com a entrega a transcrição, a sessão foi interrompida por dois minutos, para que os jurados pudessem fazer a leitura. O áudio exibido em seguida, mostra uma conversa entre o pistoleiro e acusado, que segundo ele, se tratava apenas para a contratação de homens para fazer a seguranças de Talvane Albuquerque.

Num dos trechos, Jadielson é questionado por Chapéu de Couro se ele foi o responsável pelo levantamento e se tudo estava em ordem. “Como estava contratando os seguranças, isso se tratava do levantamento de local para eles ficarem, e outras coisas que seriam importantes”, garantiu o acusado.

Mas, para o MPF, o documento que está anexado nos autos do processo do Caso Ceci destrói a declaração de Jadileson Barbosa, que estaria mentindo quanto a contratação de seguranças para Talvane Albuquerque.

Barbosa se contradiz em vários pontos colocados durante a Comissão de Ética da Câmara à época do crime. Durante duras indagações do MPF, o acusado prefere o silêncio e diz não lembrar de determinadas passagens da época.