Defensor Público cobra cumprimento da Lei do atendimento bancário

16/01/2012 14:53 - Interior
Por Redação

O Defensor Público da Comarca de Arapiraca, Gustavo Giudicelli, autor da ação ingressada no último dia 5, contra o Banco do Brasil, HSBC Bank Brasil, Banco do Nordeste do Brasil, ITAU UNIBANCO, BRADESCO e Santander, cobra o cumprimento da lei que prevê um tempo máximo de espera nas filas, bem como qualidade mínima na prestação de seus serviços.

 

“Recebemos denúncias da população de que alguns bancos abusam do horário de atendimento. É comum os usuários reclamarem que passaram mais de uma hora e meia na fila de atendimento. Sem contar, vale destacar, que sem nenhuma razão aparente, o horário de funcionamento bancário em Arapiraca é distinto do verificado no restante do país, com uma carga horária de atendimento ao público de apenas 5 horas por dia, começando o expediente, durante o horário de verão, às 09 horas e terminando ás 14:00”, diz o Defensor.

 

Segundo o Defensor Público, este problema acarreta reflexos, inclusive, na dignidade humana de milhares de pessoas, notadamente os mais humildes e idosos, que são obrigados a passar muitas vezes horas em pé numa fila, em agências super lotadas.

 

De acordo com Gustavo, é de conhecimento geral que o atendimento bancário prestado em Arapiraca beira o absurdo, privilegiando-se o lucro fácil. “De fato, as instituições bancárias regozijam-se de, trimestralmente, apresentarem lucros recordes em seus faturamentos, atingindo cifras bilionárias. Não sendo admissível que tanto dinheiro não seja revertido em qualidade mínima na prestação do serviço. Com um faturamento dessa ordem, nada justifica o

horário bancário verificado em Arapiraca, bem como as deficiências no atendimento, a falta de instalações adequadas, de pessoal, etc”, afirma Gustavo.

 

Ele ressalta que em Arapiraca já existe uma lei disciplinando a matéria há mais de um ano, sem que nenhum banco tenha sido sequer advertido pelos constantes desrespeitos aos mais básicos direitos consumeristas, gerando na população uma sensação de descrédito com as leis e instituições públicas. "Essa situação já passou de todos os limites e a Defensoria Pública espera que o Poder Judiciário não seja complacente com este descaso das instituições bancárias com a população arapiraquense", completa o Defensor.

 

A Ação Civil Pública foi ingressada no último dia 05 e o Juiz Rômulo Vasconcelos de Albuquerque acompanha o caso.

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