Comandante de cruzeiro que naufragou é detido e interrogado

14/01/2012 15:17 - Brasil/Mundo
Por Redação

O comandante do Costa Concordia, navio que naufragou na noite desta sexta-feira na costa italiana, foi detido e interrogado pelo procurador-chefe da localidade, Francesco Verusio.

De acordo com o jornal italiano "Corriere Della Sera", que ouviu o procurador, o comandante é acusado de abandonar o cruzeiro antes de dar ordens para a retirada dos passageiros da embarcação.

Segundo a publicação, por volta das 23h30, Schettino teria deixado o Costa Concordia enquanto a tripulação e passageiros que ainda não haviam sido resgatados aguardavam um sinal de evacuação.

Francesco Schettino foi ouvido por várias horas por Verusio, após o navio que pilotava e que transportava 4.229 pessoas ter naufragado a 500 metros da ilha de Giglio, na região da Toscana.

Outros membros da tripulação também serão ouvidos. Suas identidades, no entanto, não foram reveladas.

Até o momento, três pessoas morreram no acidente, dois turistas franceses e um peruano membro da tripulação. Entre 60 e 70 passageiros ainda estão desaparecidos, segundo informou o comandante Cosimo Nicastro, do Comando Geral da Guarda Litorânea da Itália.

Nicastro afirmou à imprensa no Porto Santo Stefano, o mais próximo à ilha de Giglio, que esses números ainda não são definitivos. Mergulhadores estão realizando buscas no interior da embarcação, que está inclinada a 80 graus e submergida a 30 metros de profundidade num banco de areia.

Brasileiros
O governo brasileiro informou na tarde deste sábado (14) que havia 53 brasileiros entre os 3.200 passageiros e 1.000 tripulantes do cruzeiro.

Os brasileiros são 47 passageiros e 6 tripulantes, segundo o Itamaraty, que cita informações do consulado brasileiro em Roma.

Por volta de 12h25, a empresa Costa Cruzeiros, dona do navio, havia informado que eram 46 passageiros brasileiros.

Um grupo de 26 brasileiros estão se dirigindo, de ônibus, para Milão, segundo o consulado brasileiro na cidade.

A empresa, por intermédio de sua assessoria de imprensa no Brasil, deixou disponíveis os seguintes números de telefone para informações: 55-11-2123-3673 e 55-11-2123-3679.

De acordo com autoridades italianas, o acidente deixou três pessoas mortas, 14 feridos e pelo menos 70 desaparecidos. Os mortos, segundo a imprensa italiana, que citou autoridades locais, seriam dois turistas franceses e um tripulante peruano.

O navio chocou-se contra uma rocha, encalhou em um banco de areia próximo à ilha de Giglio, na Toscana, região central da Itália, teve seu casco quebrado, virou e ficou parcialmente submerso. O acidente ocorreu a cerca de 40 quilômetros do continente.

As vítimas morreram afogadas. Os desaparecidos podem ter procurado abrigo com os moradores da ilha.

Segundo o Itamaraty, brasileiros que estavam entre os passageiros do navio da Costa Cruzeiros entraram em contato por telefone com o consulado do país em Roma.
Ainda não há informações sobre se haveria brasileiros entre os mortos, feridos ou desaparecidos, disse o Itamaraty.

O consulado em Roma está em contato com as autoridades italianas e vai prestar toda a assistência necessária aos brasileiros, informou o Itamaraty.

Segundo a imprensa local e testemunhas, a retirada dos passageiros e membros da tripulação do navio Costa Concordia apresentou complicações.

Muitos dos 3.200 passageiros e 1.023 tripulantes foram levados para o porto de Santo Stefano, no continente, onde estavam abrigados em escolas, igrejas e outros edifícios públicos.

A Defesa Civil montou uma grande tenda em que os náufragos eram identificados antes de serem levados, de ônibus, para hotéis da região.

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