Compradores de apartamentos no Residencial Ametista V fizeram graves denúncias contra a construtora Falcão, responsável pela obra de do iconstrução imóvel. Isto porque, desde 2006 eles pagam as prestações do prédio que ainda não foi entregue e por uma irregularidade na Certidão Negativa de Débitos (CND), não podem registrar o imóvel em seus nomes e correm o risco de perdê-lo.
Uma das compradoras do imóvel, Cláudia Cristina de Melo, afirmou que quitou o apartamento em 2006 e mesmo não recebendo o bem, tenta registrá-lo desde novembro de 2011, sem sucesso. “É um absurdo o que está acontecendo. Todos os moradores deveriam se juntar e cobrar isso, porque nós investimos, é um bem para o resto da vida e podemos perder por irresponsabilidade dos responsáveis pela empresa”, disse.
Segundo a compradora, que consultou o motivo da irregularidade na CND da empresa, ficou comprovado que um débito no valor de R$ 4.000, referente ao terreno onde foi construído, na Avenida Senador Rui Falcão, no bairro da Ponta Verde, impede que os registros sejam feitos.
Nos nove andares do residencial, 144 apartamentos vivem situações parecidas. O CadaMinuto apurou que apenas dois apartamentos estão em situação regular, com seus registros devidamente realizados.
Em contato com a construtora, a responsável por informações do Ametista V estaria em férias e seria a única a confirmar a situação dos mesmo. No entanto, uma das advogadas da empresa, Mônica Lins, respondeu sobre as denúncias feitas.
“É verdade que estamos enfrentando alguns problemas, mas estamos correndo para regularizar. No ano passado, contratamos um despachante para realizar estes serviços que recebeu uma parte do pagamento e sumiu. Com relação a regularização da CND, até o dia 18 deste mês nós precisamos estar com essa certidão em dia, já que precisaremos dela para uma outra audiência no mesmo dia e se não regularizarmos essa situação, vamos ter de pagar uma multa altíssima, o que não queremos”, disse.
Além do impasse na regularização dos registros dos imóveis, a incerteza paira sobre os moradores, porque a construtora passa por um momento difícil, correndo o risco de falência e caso venha a se confirmar, os moradores não teriam nenhuma garantia para manutenção dos apartamentos.